domingo, 9 de novembro de 2008

Quem sou?

Eu preciso de você agora, porque eu esqueci de quem sou. E eu quero ir embora pra casa, eu preciso ficar sozinho, eu quero um tempo. Eu quero a minha cama.
E só você pode me ajudar, você ainda se lembra do meu nome? De quem nós eramos? De quem queriamos ser? Porque tudo me parece tão frio. Me sinto vazio por não me lembrar de nenhum dos seus rostos, tudo parece tão normal. Mas isso não me parece familiar.

Me diz que você se lembra do caminho. Acho que estamos perdidos, somos tão orgulhos que nos tornamos incapazes pedirmos informação. Sigo em frente, então com toda minha mala vazia, meus espelhos quebrados e uma bússola sem ponteiros.
Você disse que sabia o que era melhor pra mim. Voce jurou nunca me deixar.

Acho que não podemos ignorar tudo outra vez. Esquecer de quem eramos não pode nos tirar dessa selva, na qual você se esconde. Me diz então quem você se tornou.
Eu não te reconheço mais. Me diz quando deixamos isso chegar aqui? Porque eu me sinto culpado por não ter te impedido. Nós nos perdemos e você soltou minha mão, disse que voltaria mas eu estou sozinho agora. Sem memória. Não me lembro das coisas antes de você. Como eu pude ser tão forte? Tento me convencer que talvez eu nunca gostei de você, eu só gostava do jeito que você me fazia sentir. Eu gostaria de gostar de você, assim como gosto de tantas outras pessoas.

Mas eu preciso de você agora. Inteiramente, só pra mim. Eu posso roubar um pouco do seu tempo? Te escrever algo? Saber que está bem não é o suficiente, eu não posso me contentar com um sorriso á distancia. Eu preciso de você vivo, ou morto. Preciso de você ou preciso de mim.
Apenas eu...Eu....Oh, eu...Nós já fomos mais do que isso, mas você parece não se importar com a minha partida, e isso me faz pensar em como eu fui em dizer que eu te esperaria. Que eu nunca soltaria sua mão, porque eu disse uma vez, porque eu não jurei em vão, que seria pra sempre.

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