sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Amanhã.

Eu sou tão impulsivo e agora me entrego a ti. Meu sangue, já não mais vermelho, minha luz já apagada e minha alma, não eterna. Sem cores, estou nu. Repito versos sobre mesma dor que me persegue, quase como uma sombra, mas ela não me abandona nem na escuridão.
Meus muros contruídos a sangue frio, caem por confiança. Espero não estar certo, novamente. Que nada disso seja em vão, que eu não faça confissões em vão, minha inferioridade por meus próprios demônios e fantasmas. Como você pode olhar e dizer que ficarei bem. Como você pode me fazer acreditar nisso, tão fácilmente.
A noite me derrete, sou mais flexível sobre meus segredos. As lágrimas parecem necessárias, mas são meros valores que não me pertencem. E por torturo por sangrar sozinho, mas não culpado por todo esse sofrimento e esse sangue em meus pés. Me afogo sufocado, enquanto escrevo um alibe para justificar porquê me afasto tanto.
E tenho que repetir aquele agradecimento, por me matar. Destroir uma parte de mim, que me apunhá-la e conspira contra meu futuro.

É difícil conviver com algo inseparável e tão vivo quanto eu, se não for mais poderoso e vivo. Decidiremos na sorte então, jogue seus dados. Eu quero resultados. Seus pontos serão meu fracasso, não basta apenas a minha vitória, eu preciso de fracassos, de dor...
Me atiro num caminho claro, real e doloroso. Não temos carona pra casa, não temos como voltar pra quem eramos, eu não posso me virar pra mais ninguém, apenas a mim. Eu só tenho a mim. Solte minha mão agora. Você tem que partir meu coração, diga mentiras, eu sei que não é fácil, eu também não sou capaz de quebrar o que temos, mas eu só espero que Adeus seja apenas mais um tchau. E que nos veremos amanhã, e amanhã e amanhã.

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