segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Flowers.

Se eu não quisesse te dar o mundo inteiro, agora, te pediria em namoro. E daria tudo o que sou feito. Mas como você saberia se é isso que quer? Eu queria te dar a certeza, essa que nem eu mesmo possuo. Eu só queria poder te fazer sorrir mais vezes, porque é nisso, nessa hora em que eu existo. Em alguma parte da gargalhada, em alguma nota equivocada, é que eu me enfio. E mobilio meus sonhos.

Ah, querido. Como me atinges de forma positiva, sabes que acabei de fazer um café. E coloquei duas xicarás a mesa, como se essa carta fosse fazê-lo aceitar meu convite. E nem sei o que ofertar, oferecer eu ficaria honrado se tivesse com o que atrai-lo. Mas sinto que não haveria posição melhor pra estarmos agora. Amizade é o amor mais duradouro e cuidadoso que se tem. E talvez um dia, quando o mundo todo for um lugar pequeno demais, você encontre alguém - espero que ainda possamos estar proximos a ponto de eu conhecê-lo - que lhe mostre que há um infinito maior dentro. Se olhar pra dentro...

Não, não olhe pra dentro de mim. Me conheces, me acanho fácil. Me desmonto fácil. Vou fumar um cigarro pra deixar-te só. Pensativo. Deixar-te só, mas somente físicamente, porque sabes, te amo. E deixo ouvidos, versos e cafés nos teus lábios.

Sem condições ou falta de carinho,
C. Augusto Guitzel

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

E as horas depois disso..

Tyler procurava no sofrimento dos olhos, na desesperança das mãos, na genuina agonia, a honestidade em ser ouvido. Laura esquecia de quem tornou-se para viver a vida dos livros. Clarissa mantinha mentiras para desocupar-se da sua vida, vivendo na doença do romance de verão. Tom sabia que não ficaria com Summer. Mrs Darcy precisou de uma luta fisica interna pra assumir-se homem. Briony só amou. E deixou ser dominada pelos olhos cegos e o ciumes sem cor.

O que soa e vem de impulso impressiona os ingenuos que acreditam. Mas eu sempre fui capaz de enxergar, o desespero. A coragem em caminhar até o rio, ou alugar um quarto de hotel. Afogar-se no livro. Matar o heroi. Se perguntar 'Para onde voltamos quando acabamos aqui?'. É um atrevimento chamá-la de Ms Stephen. Ai de mim, julgar o que um biográfo poderia apenas analisar e deixar no ar o gosto de possibilidades. Infinitas...

Toda manhã, quando acordar, não veja como o começo da felicidade. Perceba. Além disso, já é.

O que não falamos pra agradar? Mentimos até para nós mesmos. E a felicidade maior - para quem sofre desse grande trauma do amor -é conseguir enganar nós mesmos. 'Você não vem pra cama?' 'Estou indo, um minuto'. Isso era morte. Quem poderia chamar de covardia, escolher vida. De que vale se arrepender se não há outra opção? Eu direi, que amo você por ler isso. Por me entender - mesmo achando que as vozes estão mais altas que os prédios que te cercam.
Talvez, eu mal termine esse texto com algum sentido. Mas eu continuarei afirmando que estou bem. E que você pode completar, quando é obvio que só eu mesmo posso entender a profundeza disso. E que obvio que você não seria capaz disso, porque eu nos inventei inteiros de novo. E todas as mentiras que você fez pra você mesmo, que agora é tudo o que você é. Uma consequencia de um passado que sequer existiu. Eu te fiz o dobro do que você é. E o buraco que guardei, soa atoa. Porque gigantes me assustam quase tanto quanto empregadas. Ou vizinhos esmagados pelo espaço vago no elevador.

Toda manhã, quando acordar, não veja como o começo da felicidade. Continue dando festas, esconda o silêncio. Felicidade não dura, disse Richard.
Ele estava certo.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Motivo;

Não acho que o invisivel seja tão improvavel. Já vejo tantas coisas que o mundo inteiro omite. Talvez, os espelhos doam pena de 7 anos, almadiçoando aqueles que esquecem do seus próprios rostos, seus defeitos tão puros, seus sorrisos tão amarelos quanto cheios do amargo por tentativa de lembrarmos da realidade que nos une, enfim.
Ignore todos os sentidos. Todos eles mentem. Porque você quer ouvir mentiras. Você quer escapar da realidade. Você quer o sonho. O controle. Mas você não se esforça pra assumir o controle daqui, melhor causar paralisia e ter um sonho que você possa conduzir.

Talvez se não houvesse ilusão, não haveria necessidade de ilusão.
Talvez se não houvesse sonhos, tornariamos o mundo um lugar tão bom quanto.
Já dizia, Caio: "A realidade é sempre mais ou menos do que nós queremos".

Tem sido menos a cada dia. Tem sido menos do que eu posso conviver.
Quero novas chaves, novas plantas na sala e não se incomode com as televisões, os livros.
Não se incomode com as pessoas caindo todo o tempo, acomode-se. Sofás só servem pra isso.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Ei.

A,

Descobri esses dias que o bom de amar é ser incondicional, infinito, livre de nomes e selos. Já que não se pode ser atemporal, seja então livre de limitações. Amando por amar. Pelo gosto de gostar.
Mas eu não sei me saciar com isso. Em ser amado sem condições. Eu admiro o 'por enquanto'. Então me encaixo pra ser visto, ou aguardo olhos que busquem o que sou sem treino ou exercício.

No fim, pouco importa ser correspondido aqui. O que faz sangrar é saber que quando não ouve de volta, é hora de parar. E o que eu ainda não amo em você? Me apaixonar pela mesma pessoa incansávelmente é quase um talento natural. Do tornozelo, aos pelos do braço e o cheiro do cabelo. Ou da sensação do seu pé proximo ao meu, como quase andar de mãos dadas num parque. Uma intimidade para dormir junto. Um sorriso pra evitar as luzes acessas. Passar o medo, acalmar meu furacão.

A minha única condição do amor é continuar. É manter isso. Mesmo depois do silêncio. Mesmo depois de dois, ser tornar um. Mesmo depois de ir ao cinema sozinho. E contar-te tudo depois.
Amei seus dentes, amei seus ossos, as custelas, os olhos. Amei seu ouvido, amei sua boca, amei sua baixo autoestima, amei sua alta autoestima. Amei seu corpo, amei suas mãos. Amei quem você poderia ser, quem quis ser, quem foi e quem tentou ser. Amei que você é. Amei o que você também não foi. Amei.

Ei, A.
Já era a hora. Mas tudo bem, eu fiz questão de esconder o relógio.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Alarming.

Rescue me. But jut not yet. I need time here all by myself.
But come. ´Cause i´m not so sure if I´ll be able to scream when it becomes.
The pain.
The truth.

Smoking the time.
Don´t forget i´m freezing out side.
Don´t say anything.
Just sit.
Just wait.
Just smile.
I´m full of pieces of heart.

Then just take me in. Then just keep me safe. But just not yet.
Not untill I love you.

domingo, 9 de janeiro de 2011

His note.

Eu dificilmente durmo assim. Geralmente, só estou te evitando. Ou pior me evitando. Me sufuco com o sono, silenciando qualquer uma das tres palavras cansadas que relutam no meu estomago. Dificilmente eu esqueço ou não saberia me expressar. Geralmente, só estou perdendo a coragem enquanto olho e me perco um pouco mais. Amaço um pouco mais. Amo um pouco mais. Mas ora, me sinto tão pouco. Talvez seja exatamente. Por pouco, quase quis demais. De novo.