terça-feira, 8 de março de 2011

Eye.

Provavelmente seis da manhã, assim nascia o sol. E ele me puxou pela mão até a varanda. Engoli outra lágrima e olhei pra ele. O cansaço sustentava nossos pés na varanda. Com muitas pausas ele disse: "Eu entendi". E mesmo sabendo que ele deduzira já antes, e me trouxe com as idéias prontas. Ele as montou e assim como o sol, esclarecia-as. Enxergando-as. Era uma lucidez que decendia de amor e compreensão. Ele olhou de novo pra frente, não viu os prédios que ali se construiram, mas o outro universo de que ele faz parte. Outro menino ali, um dos meus favoritos. Ele perguntou "Você já vai dormir?", quase como eu queria ouvir. Eu balancei a cabeça, e me apaguei com o volume exagerado.
Petrificado. Inefável. Insipido. E todas as demais denominações que se pudessem ser ditas, foram. Todos dormiam e o abandono deixado por mim mesmo significava mais do que individualidade. Sei lá. Não sei direito como respirar. O vento sempre leva e traz de volta apenas o cheiro. Pra me torturar? Pra me lembrar do profundo.

domingo, 6 de março de 2011

Sobre uma sacada sem chão.

Minha amiga disse que eu não gostaria de pular. Eu sorri, eu não queria ser eu mesmo. Apenas isso. Se pular fosse me tornar outro, talvez a queda fosse aliviar o peso embaixo dos meus pés. Pois é, eles foram mais espertos. Eu sempre me mantenho por aqui, e esquecer e ir, são verbos que nunca serão obdecidos.
Então, ele - com o braço - enconstou - eu diria abraçou - meu outro braço. Era amor e compreensão. Desculpe-me, Pessoa, mas compreender é amar.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Somos apenas eu.

Não se preocupe com os outros, matenha-se bem com seu espelho.
Ele sempre vai refletir você, os outros são apenas sombras.
No fim, somos apenas eu.