domingo, 28 de dezembro de 2008

Meus quatro longos medos.

O vento vem, como um pequena verdade, e algo se prende ao meu olho. E eu o fecho, assim como venho ignorando todas suas mentiras, mas não importa quanto eu coce, o quanto alguém tente me ajudar, assoprando. Mais verdade, não vão mudar isso. E agora acho que nem as mentiras podem.
E de novo eu estou aqui. E minha mente permanece mergulhada em pensamentos que eu sei que não vão me tirar daqui. Mas nesse angulo, porque eu gostaria de sair daqui?
As coisas me parecem bem corretas dessa perspectivas. E eu posso até entender os concelhos e os pedidos, mas eu não os acho necessário. "Doa e prove que ainda estou vivo".

Eu sei que eu vou me arrepender, porque eu me lembro de tentar manter distância. Eu me lembro de querer me proteger disso. E mesmo assim, mesmo lembrando de tirar a armadura, ainda não parece eu. Não parece algo que eu faria. Mas entregar agora os meus maiores medos, abrir totalmente meu peito, esperando pelas facas, parece ainda mais que burro. Parece...Suícida.

Eu tenho tantas medos...Eu sou um completo covarde. E eu venho ainda mais teimando com as suas palavras. E eu juro que eu confio em você, mas não faz sentido. Não faz sentido eu te fazer bem, se eu não consigo fazer isso a mim mesmo. Não faz sentido você gostar de mim, se eu ainda não posso me olhar nos espelhos.

E eu tenho alguns medos maiores do que os outros. Alguns dos que superam o medo de morrer. Superam muito fácil o medo de deixar de existir, de viver eternamente, de não saber. E o medo de não saber é quase insuportável.
Os outros quatro são literalmente insuportáveis.

O segundo, o que você poderia achar que é o pior. Mas ainda perde do primeiro, mas é com certeza mais preocupante e mais mortal que qualquer outro. (Não que os outros não sejam, mas este aqui é mais eficaz. O veneno se expalha rápido demais, eu não teria tempo de desejar ajuda).
Eu não suportaria jamais te perder. Eu não suportaria jamais me tornar indiferente pra ti.

______________

I´m been honest with myself,
but not with you.

My Hollow Heart

A primeira coisa que você deve saber é que nenhum de nós te culpa.
Nenhum de nós está zangado com o que você fez.
Mas sabemos bem o que você fez. O que fez conosco.
E você sempre soube que nós sempre o perdoariamos,
Perdoariamos por roubar o nosso coração,
E por nos deixar esse eterno buraco vazio.

Este coração não é mais meu
Eu te dei na última vez que houve sol
E agora tem pessoas aqui
Cobrando de mim o que eu não posso retribuir

E eu não quero mais ficar sozinho
Enquanto nenhuma dor ou pessoa me distrai
Eu sinto esse imenso buraco no meu peito
Que eu mesmo cavei

Meu coração batia por você
Até você levá-lo contigo pra longe
Sem me deixar o seu

E não me diga que não viu
Todo o meu sangue
E não me diga que não me ouviu
Pedir pra me libertar dessa dor

Este coração não é mais meu
(Como se eu ainda pudesse ouví-lo bater)
Eu te dei na última vez que houve sol
(Como se eu ainda me lembrasse de como era me sentir aquecido)
E agora tem pessoas aqui
Cobrando de mim o que eu não posso retribuir

(O que você tirou de mim,
A chance. A vontade. O desejo.
De amar de novo).

E se fosse eu...

É tudo o que eu sou capaz de perguntar. Mas o telefone mudo não me retorna. E eu não estou bem certo se eu quero saber a verdade. Não se ela não for a certa. A certa pra mim.
Eu pensei que tinha escolhida uma opção pra mim e eu sabia os riscos, mas agora eu vejo que por pouco, tudo não se esvaiu pelos meus dedos. E honestamente, agora eu deveria estar aliviado, mas o choque me prendeu dentro dessa bolha que eu não sei se posso sair.
Meu corpo permanece imóvel e eu não responderei por um longo tempo, nem mesmo a sua voz. Eu estou desconcertado.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Mordida. (Epílogo).

Era uma calmaria comum de uma quinta-feira. Mesmo isso estando longe do fim, mesmo sendo apenas o grande ínicio. De alguma forma, o destino já havia destribuido as cartas. Mesmo com todo o jogo ainda indecifrável, agora era o meio-tempo. Entre o fim da primeira parte, da primeira rodada. E o que estava por vir.
Alberto estendia suas longas pernas nuas, em frente ao espelho do banheiro. Admirando seu reflexo perfeito. Seus olhos brilhavam para si mesmo, ele nunca fora tão incrivelmente feliz e admirado com o seu belo corpo juvenil. Após um longe tempo, tinha atingido a perfeição sobre-humana. Semi-nu, vestido apenas pela cueca branca, justa e um par de meias, inexplicavelmente brancas, mesmo tocando o chão sem proteção alguma, permancia no mesmo tom pacifico da outra peça de roupa. Seu rosto desmonstrava estar confortavel dentro daquele banheiro.

Seu melhor amigo e também seu criador, se moldou ao seu lado. Sem trazer nenhum aviso, nem o barulho dos passos, nem o cheiro, nem se quer uma brisa para alertar a sua chegada. Mas Alberto não pareceu surpreso com a sua chegada. Mesmo com a agilidade que o segundo vampiro passou pela porta, quase invisivel, não assustou.
Também coberto com apenas duas peças de roupa, como se os dois acabassem de despertar. Não era uma conhecidência bizarra, pois não houve estranhamento de nenhuma das partes com os trajes não convencionais.

Apesar do rosto do primeiro vampiro permanecer estático, fitando o espelho. Impressionado com a sua nova aparência. Que não estava muito diferente do comum, apenas seus musculos pareciam maiores e seu ar sombrio. Ainda mais sedutor.
Os dois vampiros tiveram uma longa conversa, em silêncio, com olhares. Caso fosse filmado ou detalhado. Diriam que era como um antigo filme mudo, um músical talvez. Que trazia em si o romance e a seriedade. O silêncio intensificava ainda mais o charme.
Por fim, o vampiro mais velho libertou as primeiras palavras, quebrando o não-inconviniente e não-perturbador silêncio.

- Como você está? - Apesar de ser retórica, a pergunta pareceu sincera e curiosa.
O segundo vampiro, mais bonito, com um sorriso malicioso, virou-se. Abandonando o espelho. Aparentemente, mesmo sendo mais novo, sua inflûencia era nítida e gigantescamente maior. Seus olhos penetrantes, sua beleza sobrenatural, junto com os anos de amizade e amor o tornavam ainda mais poderoso. Alberto continou em silêncio, enquanto deu um passo a frente. Foi tudo o que precisou para ficar tão próximo do outro vampiro, capaz de ouví-lo respirar, se por acaso algum deles decidissem se dar ao luxo de sugar um pouco de ar, desnecessário para mantê-los...O que já não eram mais, vivos.

- Eu estou muito melhor agora que você...me mordeu. - Sorriu como um agradecimento. Seu maior sonho era real. E ele estava sem palavras para agradecer o novo corpo, os novos poderes e poder não ser chamado de humano mortal, mas ter um novo nome agora. Vampiro.
Isso foi apenas uma tentativa de agradecer um favor, não tão voluntário, como se alguém fosse capaz de negar á ele um desejo. Um pedido. Qualquer coisa.

Os dois homens não vestidos, olhando-se silenciosamente. Um na frente do outro, facilitava criar as comparações obvías. Claro que tinham caracteristicas comuns pelo fato de serem ambos sugadores de sangue. Porém Alberto, o que havia se tornado vampiro há apenas algumas horas, era sem dúvida absurdamente mais belo que seu criador. Isso devia a sua própria fisionomia, não envolvia nada com sua nova definição de espécie. Seus olhos eram convidativos e tão persuadores que você nem se daria conta que estava obdecendo ordens, porque eles faziam desejar realizar os seus desejos. A grave da sua voz era o mais próximo de um sussurro, e não era programado. Era tão belo quanto seu rosto coberto de feições. Ele conseguia ter milhões de interpretações, paralisado. Como se fosse uma criança engenua e ao mesmo tempo um homem adulto completamente sedutor e mortal. Enquanto, na outra mão estava o outro vampiro. Também com seus traços e originalidade, aposto que ele era muito gentil. Na outra mão, pra ser mais exato estava eu.

Ele abriu a boca, e seus dentes perfeitos e apaixonantes estavam a mostra. E seus caninos aumentariam trazendo o vento que após percorrer toda minha espinha, deixaria seu rastro na minha pele. Toda arrepiada e minhas pernas tombariam.
Mesmo eu sendo um vampiro e sendo eu quem o transformou, não pude conter o arrepio. Não tinha nada a ver com sermos dois seres imortais e hipnotizadores. Era algo mais básico. Ele sabia que me provocaria, ele sabia o efeito de cada ação em mim. E por isso fazia. E não sorriu ao me ver, todo preparado pra me render. Ele teve que se inclinar um pouco, por ser tão alto.

Ofereci meu pescoço, quase que num empulso. Mesmo sem precisar ouvir nenhum pedido ou ordem. Não havia riscos. Eu já era vampiro. Eu era o vampiro que o transformou. Eu era seu criador. Eu sabia que isso não passava de uma brincadeira. Uma provocação.
Estiquei meu pescoço e sem mover qualquer parte do meu corpo, congelamos. Naquela posição poetica de possessão. E eu era todo dele agora. Cada parte de mim, por mais que pequena e frágil, pertencia eternamente a um único vampiro.

Ele se deu o luxo de respirar no meu pescoço e soltou um leve riso maldoso, quando extremeci. Controlou sua gargalhada para não perder o controle absoluto. Eu não pude prender as palavras na minha boca pelo tempo necessário:

- Me morda. - Foi um sussurro. Quase mudo. Como se fosse só um pensamento. Mas eu sei que ele ouviu. E tocou seus intocáveis lábios macios no meu pescoço. Nesse momento, eu era o universo. Eu era tudo. Eu era o mundo, eu era Deus, eu era o nada.

O extase aumento quando seus lábios abriram e pude ouvir seus dentes prontos. Ele passou sua mão sobre minha perna e solto-a no meu pescoço, do outro lado que a sua boca cobria.
Eu então fechei os olhos e logo estava olhando-me no espelho, sem reflexo. Sozinho.
Com uma marca de dois pequenos pontos estampada em meu pescoço. Infelizmente, não fora feita hoje. E nem pelo meu melhor amigo.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Infinito.

Escorreguei pela parede. Centimentro por centimetro, até sentir o chão gelado e sem vida tocando-me de volta. Devia ser o fim, porque doeu tanto que eu pensei que meu coração fosse parar de bater. Eu tive que despertar meus pulmões e lembrar-me de respirar. E de novo e de novo e de novo. Mas eu não sabia por quanto tempo seria capaz de fazer isso, eu não sabia por quanto tempo eu ia querer permanecer vivo. E eu sabia que tempo era a única coisa que não me importava agora. O silêncio não me amedontrou. Nem se quer teve a chance de me confidenciar algum segredo. Eu não estava confiante, muito menos corajoso. Mas não teria mais medo, de nada.

Olhei fixamente minhas opções. Pensei em abandonar a sala, correndo. Mas a chance de escorregar no meu sangue, era muito maior do que qualquer chance de sair dali vivo.
Meu pescoço estava quente. Dizem mesmo que vermelho é calor. E logo eu estaria frio. Era de novo só questão de tempo. Até que toda essa cor esvaize do meu corpo e me tirasse o ar.

O infinito do segundo me prendeu. Era quase calmo. Percebi que gritar agora não seria útil. E eu pensei que seria muito mais revoltante morrer. Eu pensei que seria muito mais revoltante estar destinado ao fim. Saber isso devia ser cruel. Meus olhos estavam prontos pra se fecharem. Eu estava pronto pra sumir. Mas eu ouvi a voz de casa. E assim eu soube que estava delirando. Meus olhos fecharam-se. E eu me entreguei a última sensação. Eu entreguei meus últimos segundos á minha doce alucinação. Era um anjo, quase puro. Se não houvesse se sujado com o meu sangue. Se não fosse a razão de eu estar desesperado.
Ele olhou pra mim, e sua beleza quase queimou meus olhos. Seu sorriso era meu pecado. E eu sabia que eu estava punindo meus erros. Era o acerto de contas. E ele pareceu me perdoar dizendo apenas 'Descanse em paz'.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Permanente.

Mas é claro que eu já esperava pela dor. É impossível imaginar ficar tanto tempo distante, inatingível. Essa noite prometia ser dolorosamente divertida. E isso está se tornando permanente. E eu devo estar sendo influenciado, mais do que nunca. Por que eu me esforço significantemente para te acompanhar. Mas você é bem mais rápido. E agora que nossa história anda em crise, meus versos são descartáveis. Assim como esse eu-lírico será fácilmente apagado. Só precisamos de uma borracha: o tempo.
E você não se contenta, você quer ser todos os personagens. E eu estaria feliz em ser apenas aqueles que se encontram com você. Eu só gostaria de ser capaz de preenxer, todos os espaços. Todas as frases. Tudo.

Entrei no carro, contráriado. A noite estava começando e por enquanto as coisas estavam calmas, mas eu sinceramente já estava desanimado. Tentei me esconder dos espelhos, para que isso não piorasse ainda mais. Procurei razões para estar encarando tudo, e no fim, estavamos parados a sua porta. Esperando-o. Esperando a luz. Minha fé. Um anjo.
E você veio em minha direção, eu abri a porta. E você estava em camera lenta, abaixando-se e curvando-se para entrar no pequeno carro vermelho.
Minha mente se fechou em pensamentos exclusivos, que eu não gostaria de compartilhar com você. Eu não me contentei com as palavras 'bonito'. Será que você sabia o quanto perto da beleza inumana você alcançava, sem esforço? Será que você não percebe que não preciamos mais de luzes, com esse brilho intenso, eu poderia ficar no escuro, em segurança. Sem medo.
Será que você não vê que... as palavras estão se perdendo na minha boca? E eu não consigo tirar meus olhos da sua irritante perfeição. E agora sim, eu estava acabado. Não havia, nunca, competições. E eu estava sendo muito idiota, confesso. Eu sempre soube que nunca seria digno disso. E eu já podia estar convencido disso, era errado. Era impossível. Era inresistível.
Mesmo assim, eu deveria estar completamente agradecido por estar ali, por ele me deixar admirar algo tão grande e tão bonito. Era como ir a um grande museu e admirar grandes obras de arte, e nós não podemos fazer parte dessas pinturas. Dessas histórias. E mesmo assim, ficamos gratos por pelo menos, então, estarmos ali. Conhecendo. Admirando.

Mas as coisas estão ficando dolorosas. E díficies de continuar. Porque eu sei que sou errôneo em admitir querer qualquer coisa. Eu sei que você já tem sido muito compreensivo. E eu estou ainda implorando por mais. Eu ainda estou de joelhos, imitando uma vítima. Como se isso tudo girasse a minha volta. Como se eu, agora, fosse mais do que qualquer coisa. E eu estou completamente

Mas eu já disse tantas vezes. E eu não me contento em ler minhas palavras. Eu quero repití-las. Como quando seus olhos ficam tão esperançosos, que aquecem-me tanto que eu me sinto completamente derretido. E tudo o que você me pede, eu diria sim. Mesmo sabendo que me arrependeria fácilmente, em segundos.
Como o branco dos seus olhos junto com o negro intenso que as vezes, por graça, me fita. E eu não sou capaz de me mover. De respirar. Ou mesmo de pensar. Eu preciso me concentrar sempre antes, planejando o que dizer. Porque fica impossível ser expontanêo, quando você consegue ser perfeito, sem planos. Como você parece saber tudo, e nunca se engana.
Eu gostaria de voltar a falar da sua voz. Por que ela é a parte de você que eu posso ter sem límites, que eu fecho os olhos, ao telefone. E me concentro violentamente na forma, no gosto, no tom que ela se propaga. Como eu poderia viver sem isso? Eu não penso mais, direito. Porque eu me deixo cair, no grave da sua voz. Tão dedicido, adulto, eu caio no chão. Admirado. Eu gostaria de ter essa voz em todos os meus lados. Em todas as músicas, em todos os filmes, você poderia ser a única voz. E eu estaria muito satisfeito.
E quando você altera a sua voz, para algo mais fino, ou algo mais perverso. Quando você assusta alguém, e logo depois, eu já conheço. Eu já espero, ansiosamente. Eu já sinto meu corpo, todo pronto, para se preenxer dessa felicidade que chega com o seu sorriso. O seu riso alto e descontrolado que eu seria capaz de reconhecer. Mesmo morto.
As suas poses. Você é todos os personagens de todas as histórias. E o que você ainda não percebe, é que você se encaixa em todos. Um pouco de você, preenxe todos, muito bem. Soando tão belo.
Hoje você é todos os personagens. Mas nenhum deles estão disponiveis pra mim.
Hoje você é todos os personagens. E eu te digo, você tem muitos fãs esperando por você.
Hoje eu sou apenas mais um dos personagens.
Hoje eu sou apenas mais um. E isso será permanente.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Minha coleção emoldurada de corações humanos, empalhados.

Eu tinha uma estante empuerada, que me olhava. E ela me trazia idéias que soariam tão psicopatas ditas em voz alta.
E eu não fui capaz de resistir aos encatos. E essas idéias me dominaram, com a minha total vontade. Não me esforcei para ir contra isso. E eu construi minha coleção de pessoas. As pessoas intocáveis que eu gosto de admirar, que eu gosto de fingir que ainda falam, que ainda respiram. Que ainda estão ao meu lado.
E eu me divirto no meu jogo doentio, que eu tanto gosto de fazer, conversar sozinho. As vezes trago memórias para acompanhar, mas nem sempre elas são agradáveis, então eu prefiro inventar um novo começo. Um novo fim.
E eu me tornei uma grande pedra de gelo, incapaz de sofrer. E mesmo quando o sangue caia, e meu coração estava estraçalhado por palavras, meus olhos continuavam secos. E eu comecei a acreditar que quando essas lágrimas escorressem, eu seria melhor. Eu deixaria de ser um monstro e encontraria um caminho seguro. Mas eu estava enganado. Meus olhos liberaram mais sangue, mais dor. E eu não pudi me reerguer, eu quis cair. Eu quis me jogar, ser o responsável por estar caído.

E a dor é tão insuportável. Eu agora, sou completamente flexivel para me render a essa dor. E me entregar ao choro de uma lágrima. Me entregar ao medo. E eu passo horas parado, deitado. Olhando para essa minha coleção de pessoas intocáveis. Dessas pessoas que me trouxeram um pouco de luz, de calor. Mas seria necessário o dobro para preenxer esse vazio que eu tenho. Seria necessário que todos eles fossem ainda mais brilhosos que toda essa luz artificial que eu ligo a noite para enfrentar o medo de atravessar a sala. Eu não sou mais capaz de viver nessa fantásia. Foi bom, olhar. Foi bom, imaginar como seria. Mas eu nunca vou alcançar essas estatuas. Eu sou humano.
Humano demais para ter luz própria, eu só tenho luz que encontro nos outros. Eu só tenho luz que eu esfrego no meu corpo, roubando de algum filme. E isso é triste.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Dói.

Hoje eu me pego naqueles tradicionais dilemas. Onde é triste ter de ouvir sua voz que voa livremente pelos meus poros, entra dentro dos meus ouvidos, percorre toda a minha existência, porém não é por mim que você fala. Não é por mim que você colore os meus olhos, e mesmo assim o efeito permanece. Não propocitalmente, mas isso persiste em me dominar.
Porém o mais triste é reencontrar o sentido naqueles trexos de músicas que me traziam mal. Triste é entender e reconhecer na nossa história, todos aqueles versos em que eu digo sim e você não.
E agora que a única coisa que eu respiro é fumaça. E esses ares já não me fazem bem. Essa estação do ano promete ser fria. Mas não como todos os anos, porque dessa vez não sinto que nenhuma manta pode aquecer o vazio que você deixou.

E no meu choro, de uma lágrima, eu me lembro porque eu proíbi meu coração de ganhar.
E no meu choro, de mi lágrimas, eu percebo que não há nenhum milagre por trás disso.
E hoje eu sei porque tranquei meus sonhos,
E hoje eu sei porque eu construi muros
Mas não entendo como te deixei aproximar
E agora com o muro caído, as lagrimas derrubadas e meus sonhos quebrados, e só espero que você saiba que tudo isso foi por ti. E eu não quero te contar porque não quero cobrar nada só espero que saiba que a culpa não é sua, mas toda essa peça, na qual eu fui o palhaço foi por você.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Descubro então, nada restou.

Antes eu tinha meus proprios pés que andavam conforme meu humor. Que me levava para os lugares calmos e agitados, conforme o tempo. E me trazia pra casa, todas as noites.
Hoje eu já perdi todos os meus sentidos e estou trancado, com medo. Eu não me lembro de como é caminhar sozinho. E dói tanto fazer isso sem você. Eu não quero conseguir, porque ao falhar eu mostro como você me fez ser quem sou. Eu não sou mais meu. Eu sou a mistura de nós dois, e agora que você se foi. Oh, eu acharia um jeito de te trazer de volta. Mas você nunca quis ficar, e você não voltaria nunca. E eu não sei ser apenas eu. Eu não sei mesmo ficar sozinho. E não tenho medo de ficar solitário e nem do escuro em si, mas eu tenho medo disso não passar. E de me acustumar. Eu não quero que isso vire um hábito. E ao olhar pro céu. Oh, todas as coisas bunitas me fazem querer chorar. Porque tudo tem sido tão belo e eu não posso comentar contigo. E eu estou morrendo, estou me corroendo por ser tão dependente. Eu não quero nem um pouco te sufocar e te aterrorizar, eu não quero roubar seu ar ou seu espaço. Só me deixe ficar por perto. Só me deixe estar ao seu lado. Se eu precisar morrer pra me tornar um fantasma e poder ficar ao seu lado. Eu puxo o gatilho, agora. Sem medo.
Eu puxaria o gatilho várias e várias vezes.
Eu diria adeus para todos os meus livros.
Eu diria adeus para todos os meus vicios.
Eu puxaria o gatilho apenas uma vez.
E então, encontraria o silêncio.

Estou desapontado, senhor!

Não que alguém tenha me prometido algo, é...Eu não posso mesmo achar um culpado por toda essa ilusão. E isso vai sair muito do contexto, eu vou citar milhões de coisas que você vai mal entender, mas vamos lá. Eu estou totalmente desapontado com o mundo. Com a vida. E com o amor.
Sinceramente, as coisas são um monte de mentiras. Eu estava certo sobre algumas coisas, mas bastou alguns momentos tristes ( e eu diria que são pequenas tragédias gregas) que me fizessem acordar desses tempo rídiculos.
Começo mudando um pouco o foco. Mas você já percebeu que a Guerra Fria foi há apenas vinte anos? E que o passado de Reis e Rainhas. Guerras. Casamentos Arranjados. Assassinatos com justificativas santas, são tão recentes como as bandas do sucesso que você está ouvindo AGORA. E então me responde como você pode acreditar que as coisas são diferentes? Porque agora as pessoas estão santas? E porque agora as pessoas deveriam estar totalmente puras, totalmente honestas e racionais, se nunca fomos de verdade?
Nisso, já entra o conceito de verdades não passageiras. Não sei porque, mas me deixei acreditar que até que eu tivesse 18 anos, todas as minhas verdades seriam farsas. Eu não sei porque, mas nós temos esse custume. Vamos a escola e não aprendemos MESMO, apenas começamos decorar tudo e não entendemos que estamos ali mesmo para adquirir um conhecimento para usar. Sim, usar. Eu estou te confundindo? Espero que não...Porque eu estou cheio dessas coisas que precisam agora sair. E eu quero mesmo fazer meu ponto e ouvir a sua opinião.

Além da escola, as coisas que eu vivo. É como se eu não fosse levar para minha vida adulta. Como se houvesse qualquer barreira ou separação. Que bobeira que estou dizendo, mas é verdade. E a racionalidade é mesmo uma droga. Porque ao me tornar TÃO analítico eu me privo de coisas irracionais necessárias. Como desabafar. Eu não sou capaz de abrir meu coração para aliviar qualquer pesso, porque eu sei que dentro desse peso pode sair facas que vão machucar outras pessoas. E resultados nenhum podem chegar até mim, através de palavras. Preciso de ações. Entre outras coisas, que eu não quero entrar em detalhes.

Mas eu não entendo como eu pudi cair em total armadilha da mente. Eu estou vendo que não sou o único. E isso é bem mais frustante. A ídeia de que eu sou fraco é bem melhor do que saber que no fundo, todos somos fracos. Alguns sabem fingir, outros gostam de enfraquecer os outros, mas por dentro somos todos esses cacos. E assim, não resta esperança ou porque de tanta busca na salvação. Eu estou delirando, espero eu. Mas eu estou cansado dessas coisas.

Principalmente, a relatividade. Tudo é relativo. Tudo é cheio de dois/três lados. E eu estou completamente cansado de não ter respostas absolutas e conclusivas. O que pra mim é a perfeição. O que me faz respirar com gosto e me faz sentir menos vazio é completamente indiferente pra você. E eu queria mesmo exclusividade. Saber que todos amam. É díficil de encarar. Todos amam, de verdade. Há sempre pessoas que estão se olhando com perfeição, que estão se olhando com carinho e que morreriam uma pela outra. É lindo, mas ao mesmo tempo desmerece o meu amor. O torna comum.
E eu pensei bastante sobre isso. Os custumes ditam o que é comum. E eu estou me acustumando com muitas coisas. E o comum nem sempre é bom. É horrivel se acustumar com algumas coisas. Porque depois que se acustuma, tudo se torna comum, normal, pacífico e calmo. E a calmária pode estar a um passo da loucura. Um passo do desespero.

Eu acho que já falei de mais,
e no fim não sei se eu espressei o porque hoje eu chorei.
E foi apenas uma lágrima, e eu pensei que ela me traria total felicidade. Sei como é irônico, chorar e ser feliz. Mas eu pensei que sentisse falta disso. Mas percebi que só choramos quando é MESMO ruim. E o choro não me trouxe paz. Me trouxe mais e mais medo.

Não faz falta.

Eu reclamei milhões de vezes por ser forte. E implorei para ser a vítima. Eu não queria ser o vilão, não queria rir. Eu queria estar numa cama, sozinho. Banhado de lágrimas e embaixo de algo que me aquecesse. Eu não queria dar a volta por cima, eu queria me manter preso no tempo, nos meus longos pensamentos. Que só me torturam, em vão. Sem trazer nenhum resultado. E eu continuaria somando meus pontos. Fingindo que acreditava que eu precisava me afundar mais e mais. E um dia algo me levantaria e me traria a vontade de puxar o ar de volta, de novo e de novo e de novo.

Mas no fundo, agora não sinto falta. Eu não sinto falta de lágrimas. Eu não sinto falta dos cortes. E eu não sinto falta de nenhuma fumaça ou líquido legal ou ílegal que pudesse me anesteciar desse vazio. Eu sinto falta de você. E nada do que eu faça vai trazer isso pra perto de mim. Eu sinto falta de abraços. Eu sinto falta de alguns sonhos que eu tive. E eu sinto falta de me sentir bem, sozinho. De estar bem comigo mesmo e de ser independente.

Em dois meses eu me mudei completamente. Eu inflingi meus principios, quebrei as regras, gritei a verdade, infrentei meu medo e conquistei meus sonhos. Eu lutei contra partes de mim, eu recriei pessoas que já partiram e me pus pra baixo. E pra cima, várias e várias vezes.
Em dois longos meses eu vivi. Eu respirei. E eu senti coisas que trouxeram-me novas sensações que eu não sei explicar. Eu só enxergo agora um único lado. E nada parece ter tido importancia, nada parece ter mudado at all. E agora eu volto pra cama. Em busca de um cobertor quente, e que as horas passem depressa.
Faltam apenas mais três horas para a pior hora do dia. Oito horas. O horário onde é tarde demais para planejar alguma coisa, e cedo demias para ir pra cama. E logo logo já são dez horas.
Mas hoje penso que vou dormir sem ligações. Sem a voz que poderia me distrair por dias, sem as histórias que eu gostaria de fazer parte, e sem sonhos.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Reaching you.



I´ve thinking about you, in a different way i´m used to. Before, i used to think about how incredible you are, how cute you become when you change your voice to something like a four-years-boy or a really hatefull person. How speacil and lovely you could be. How your smile could fix heart brokens, how your eyes could show me the way. How they could lend me some hope and how could they give me another vision of the world. You´re not from this world, you´re not even a human, and you´re complety perfect. What I mean is, you´re sureal.

But that´s not why I´m writing and dying for you. I´m scaried. Honestly, i´m screaming for you, but you´re too good to hear this dirty words. Any of those feelings, any of those words would ever come to you. You´re in some different level and i will never reach this.
I´m wondering what will make you stop. What will call your attention, what is necessary to get into you. I am wondering, tonight. What will kill your hungry. What will make you stay. What will make you want to be another thing. How brighter have to be a star to make you wast a litte of your time, watching the sky.
I´m confused, ´cause you got so much different and brighters stars but non of those could shine brighter enoght to take your attetion. No brighter seems enogh to reach you.

Eu sinceramente, me perco e não entendo. Como você caminha com o olhar baixo, com todas essas estrelas brilhosas hoje, ilumindando o céu. Eu estou perdido entre palavras que não dizem nada e palavras capazes de quebrar o seu encanto. Estou tomando muito cuidado para não julgar-te. Mas eu não entendo ou... Eu não aceito.

I´m sure you´re the brighter star, whatever where did you came from. I know this place have a lot of brigter stars. And a lot of speacil people. But there isn´t nobody like you. There isnt any one that could makes me go on faster and happily than you. And that´s why i´m scaried.
And that´s why i´m dying now. I can´t live with myself, right now. I can´t stand been here, where i´m hidding now. I won´t, i don´t want to, and i can´t EVER hate you. Don´t like you. Don´t feel better and don´t think you´re the one. But I can´t be here knowing that your eyes will never watch me shining. ´cause my bright is not as colorfull as you need. As you deserve. As you want.
I can´t be here while your eyes keep looking me ok. No dreaming with the reality. Not laying down with mine. I really can´t stand the idea of loosing my dreams. But I can´t change anything at all. And... I just would like to know who will reach you.
Who will be your lover. Who will be everything that I want so hard.
Who will be the one that will make you feel...more human? Oh I´m just wondering...

Estou cansado da noite.

Será que há algum devorador de memórias, que more aqui por perto? Eu não consigo enxergar nada nessa escuridão. Mas eu gostaria de depositar um segredo, eu tenho alguns trocados. Mas eu ainda não sei se isso não é grande demais pra você. Talvez, eu seja o único capaz de aguentar esse peso. Talvez, eu seja o único que não corre risco de ser afogado por essas lágrimas derramadas.
Eu penso muito em me deixar vencer por essa vontade incessante de te contar toda minha vida. Essa sensação de confiaça plena. Como se eu pudesse tirar todas essas minhas mascáras e me tornar transparente. Como se as paredes fossem surdas, finalmente. E não houvesse nenhum espião preso aos meus sentimentos.
Meus olhos não aguentam mais enxergar as coisas, agora que nada mais é igual. Agora que não podemos mais ignorar o que sentimos. E eu não quero lembrar. Eu não quero mesmo seguir em frente. Eu quero começar. Tudo de novo.

Estou cansado dessa noite e desse silêncio. Eu gostaria de um pouco de vozes. Não há ninguém mesmo aqui? Eu preciso mesmo de todos os caçadores de memórias. Eu quero mesmo entregar todo o meu coração ferido á vocês. Eu quero mesmo me render á isso. E descançar em pedaços. Onde meus pedaços estaram divididos. E sem úni-los é impossivel me decifrar. E sem úni-los, eu nunca seria o que sou hoje. Um monte de tragédia.

Ei! Se você pode me ver, me deixe vê-lo também. Eu não tenho mais medo. Eu quero brincar com o fogo, eu já fui queimado por mentiras que eu mesmo criei dentro desse circúlo. E hoje eu sei que não adianta nada colocar barreiras e proteções. A dúvida sempre chega em você. E você sempre é seduzido pela busca da verdade. Mesmo quando você reza pra encontrar uma mentira. E eu rezaria muito para não estar aqui.
Por favor, leve-as para longe de mim.
Por favor, leve-me para longe daqui.
Eu quero muito me lembrar de como era não lembrar.
Eu preciso muito me esquecer de como é me sentir bem.
Talvez assim, não doa tanto. Me sentir mal.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Um curto lapso de verdade.

Eu odeio ter dois caminhos sem volta e ficar indeciso. Eu odeio ser indeciso. Eu odeio pensar sobre as consequências, porque por respeito eu nunca iria longe demais. E por medo, eu nunca diria as palavras que você merece ouvir. Então, eu penso em boas respostas que ficam presas em minha lingua que nunca vão saltar. Nunca vão voar para os seus ouvidos, como cobras traisoeiras e te fazer pensar em coisas qeu você nunca deveria pensar.

Eu odeio estar preso entre dois caminhos, onde vão decidir o que eu sou. Mesmo que as coisas tenham volta, elas não somem. E eu não posso ser tudo ao mesmo tempo, e por quanto tempo isso dura? Estou agonizando por não parar de pensar em como eu posso estar cometendendo erros.

Riot!

Faz tão pouco tempo que cheguei
E já conheço todas aquelas pessoas que te trouxeram essas marcas
E eu não sei onde é o meu lugar
Perto desses corações partidos

Eu me perco na vontade de ter a chance
De arrumar todos esse passado
Mas é assim que se corre o perigo
Quando as palavras são tão vazia, como a noite

Eu soaria como os anjos
Pra lhe agradecer por estar aqui hoje a noite
Eu preciso tanto te contar minha vida
Eu quero que você me escute agora

Chegue mais perto
Eu mal posso te ouvir respirar
Me ensine as regras desse jogo
Eu estou perdido e seu brilho não ilumina porra nenhuma

Entre todos os olhares tortos
E eu estou preso nesse espelho repleto de passado
Os seus fantasmas respiram e me dizem o qeu fazer
Eu não quero acreditar que você os tornou invisiveis

E eu me sinto diminuindo cada vez mais
E logo o espelho vai explodir em mim
Dentro de todos os cacos que me acertarem
Um deles vai me dizer 'eu tentei te avisar'

E eu sou mais um dos seus fanstamas
Cantando uma opera que não foge dos seus sonhos
E por mais que eu só tenha algumas horas
Eu pretendo me tornar inesquecivel, hoje a noite

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O brilho de um trem desgovernado trazendo-me verdades.

Minhas pernas não se movem. Por que? Eu vejo toda a sua irá vindo pra cima de mim, como um trem veloz se aproximando e soando milhões de promesas falsas. Eu deveria correr daqui, é o caminho seguro. Mas eu estou muito cansado para me preocupar comigo mesmo. Eu estou sem forças para lutar contra todas essas verdades. E enquanto eu não dizer isso alto. Enquanto eu não me despreocupar e abrir todo o meu coração pra ti, eu ainda vou poder me segurar nessa mentira. Eu ainda vou poder acreditar que minhas pernas vão acordar. Que minha boca vai pedir ajuda ou que você vai se jogar na minha frente e impedir que isso tenha um fim. Impedir que os trilhos se manchem com o meu sangue. E que esse trem machuque a parte de mim que ainda se mantem forte, a parte de mim que ainda só tem arranhões. A parte externa de mim. A única que eu te mostro.

Você sabe como eu me sinti. E agora, julgue-me. Mas não se abale com o meus pensamentos. É só uma parte de mim, aquela que não merece estar aqui. Aquela fraca que tenta me seduzir e me guiar para um esconderijo. Onde eu não sinta frio. Onde eu não sinta vivo.
E em palavras, essa parte se mostra melhor, o drama total dentro de mim. Saí facilmente modificando todas as histórias e todos os meus sentimentos. Poetiziando, musicalizando e ridicularizando todo o meu amor. Fazendo-o não soar tão digno. Fazendo-o soar sujo.

Mas eu não quero soar isso mais alto do que você já fez. Eu não vou dizer o que me faz. Ainda há um jeito de te impressionar. Ainda há um jeito de soar mais belo, de me fazer mais brilhoso, de fazer você gostar de mim. De fazer você me ver além do que sou. De transformar os seus olhos em portais, onde eu me torno um super-herói. Onde eu sou imortal. Onde eu sou o que jamais serei. Ou qualquer outra pessoa será. Onde eu serei seu.

E as coisas seguem. E mesmo as coisas tristes que não vão ser modificadas nunca, sempre seguem. E eu não quero isso mude ou acabe. Eu tenho tanto medo, eu tenho tanto medo de estar sozinho. E não adianta estar cercado de gente, quando eu sei que estou incompleto. E essa dor é eterna. Mas dentro dessa dor insuportável. Está a minha total felicidade. E eu não me importo mais com essa tristeza porque eu tenho um pedaço da estrela que mais brilha a noite. Durante os meus sonhos, brilha. E esse brilho é só meu, por alguns instantes. É só meu.
E enquanto eu puder ter os dois. O brilho intenso nos meus sonhos e viver uma realidade ao lado da pessoa que me faz sentir-me vivo. Eu mantenho esses dois mundos ligados. Eu mantenho meus olhos ligados nas minhas verdades. E eu me esqueço dos medos, eu esqueço de como é triste. E de como eu não sou especial.

Eu fico feliz de que você tenha me enganado. Eu pensei que talvez você fosse se excluir por ser tão mais brilhante que qualquer outra estrela. Pensei que você não conseguiria se saciar com nenhuma palavra. Com nenhum brilho. Com nenhum toque. Mas é bom saber que do mesmo jeito que você, não se esforça, encanta e constroi meu mundo seguro. Alguém é capaz de retribuir tudo que não sou capaz.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Nosso templo.

Como as coisas andam e se estabilizam, durante, dois longos dias. Eu sintia que eu te conhecia tão bem e agora eu esqueço seu nome. Isso é tudo especial mesmo? Minha cabeça está presa nessas classificações. Eu sei, todos me dizem isso são apenas nomes. São apenas meios de dizer as coisas, mas eu estou preso a esses rotulos.
Minhas palavras não valem nada pra você. Então, tudo o que eu guardei pra você, não vale porque já te dizeram isso tantas vezes, sem sentir. Eu não vou repetir, três palavras.
Eu já tentei dizer a diferença, eu já tentei explicar o que eu sinto. Mas você prefere acreditar na sua própria experiência. Eu lhe desejo sorte, para que não volte tudo o que eu sinto. Porque se um terço disso fosse parar em sua mente, eu entenderia qualquer ação covarde sua.

E eu quero voltar pra casa.
E eu ainda nem disse o que eu queria tanto te perguntar.
Me diz você, então. Se isso tudo vale a pena?
Me diz você, então. Se existe alguma verdade ou cada um está com a sua?

Ao seu lado, eu encaro as coisas coloridamente. Eu sinto que somos ligados, que fomos feitos para estarmos juntos. E não me importa o que aconteça e que nome nos deem, estamos juntos.
E eu quando você abre a boca, eu sinto que os anjos trouxeram-me o melhor dom do mundo, o som. O poder te ouvir a sua voz. E poder fazer parte de algo da sua vida, me faz renascer.
Eu sinto que é algo especial. E eu sempre soube que ninguém entenderia, é o nosso lugar seguro. É algo que só nos dois entendemos, só nos dois sentimos, só nos dois podemos ver. Um templo.

Mas aparentemente, nem você sabe onde ele fica. Você não se lembra como voltar pra casa e eu não posso amar por nós dois. Eu não posso ir tão longe. Mesmo que eu queria.
E você então, decide criar isso sozinho. E outros vão te ajudar e você está disposto a levar qualquer um para esse lugar. Mas você não percebe que se o seu crescer, o nosso vai sumir.
Aos poucos, eu sinto as paredes caindo. Eu vejo o teto chegando ao chão. E eu não vou abandonar esse lugar. E eu não vou sair por nenhuma porta. Eu vou ficar aqui. E cair junto com o que eu disse que era pra sempre.

Always.

Eu tive que pegar todas as nossas promessas e esconder, longe desses pensamentos doentios que vinham te matando. Eu tive que acreditar, cego, no que você custamava a dizer. E por tão pouco, eu caí. E a noite, quando procurava pelas suas palavras, embaixo do meu travesseiro só havia punhais. Então, eu me cortei. Tantas e Tantas vezes. Eu trouxe essas feridas pra fora, eu queria enxergar essas marcas e me punir por destruir meus sonhos.
Eram só as suas palavras e meus desorganizados textos contra o resto do mundo e minha razão. Eu deveria ir embora, mas você não merece que eu me afaste. Você não merece todos esses pensamentos sujos que eu tive enquanto meu sangue caia por você. Meus olhos fechados, e toda a dor causada só pra esquecer esse medo de não saber mais responder quem eu sou. Eu abri meu mundo pra você e eu ignorei qualquer aviso e qualquer regra que eu mesmo fiz para me proteger. Eu matei meus demonios e assumi quem eu sou. Eu morreria por você e eu falei sério. Eu prometi que isso não passaria e eu disse também que eu não cometeria os mesmos erros passados.
Veja só onde chegamos, veja só como meus olhos estão alterados. Todo o seu brilho se fez neblina, que me deixou imóvel e confuso. Toda os meus medos de te perder e de não ser capaz sumiram junto com qualquer medo ou tentativa de vida. Sumiu junto com o meu ar, com a minha vontade de respirar. Sumiu com as minhas forças.
Agora te escrevo algo que não faz nenhum sentido. Magoar-te seria o mesmo que terminar a minha sentença. Eu quero gritar tanto isso, mas não há porque. Isso não causaria menor diferença e se eu te fizesse sentir-se mal com toda essa situação, eu estaria apenas tentando levar alguém comigo, para meu inferno pessoal.

Eu sou forte. E eu não vou me afastar.
E essas palavras...Oh... Eu vou guardá-las pra mim.
Junto com tantas outras que eu não acho que um dia sairam da minha boca.
Por hoje, eu estou bem.
Pra sempre, eu te amo.

Fugas.

Em frente, é sempre o certo a seguir. Eu escondo meu passado da minha própria memória, eu não deixo fotos ou recordações dos meus passos. Dos meus erros.
E mesmo que ele persiga, porque não importa o quanto você corra, ele é mais rápido, é verdadeiro e mortal.
Mas então, eu saío do presente e vou pensar apenas no futuro. Quando as coisas estiverem melhores, quando as coisas estiverem melhores pra mim.
Eu vou pensar nos resultados que eu vou ter. Eu pensarei em quando ele vai sumir daqui.
Eu vou pensar no poder que eu vou ter de novo. Eu vou pensar em quando estivermos a sós. E eu sei que quando isso voltar a acontecer, eu sei. Tudo estará bem outra vez.
E então, eu volto a viver o presente. Sem medo.
Eu volto a viver o agora. Eu volto a viver. Eu volto a respirar.

Humanos.

Lembro-me de acordar e ver todas as chances em nossas mãos, nós eramos bem mais do que nos tornamos. Eu lembro de usar palavras que eu guardei só pra você. E você as repitiu sem fé alguma. Se você vai destruir tudo, então pelo menos coloque suas mãos sobre meus olhos, eu não quero ver isso. Eu não quero morrer, olhando para o que você se tornou. Se você pretende arrancar todas as memórias boas, se você quer mesmo tirar minha esperança e todo o meu medo, vá em frente. Mas eu te peço, tampe meus olhos, eu não quero olhar pra você agora.
Eu não suporto olhar para o que você é de verdade. Humano.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

AMOR.

Vamos falar de solidão. Vamos falar sobre coisas que você não entende, sobre coisas que eu venho tentando evitar. And you will never get, Mr Big.

Desculpe-me por fazer parte desse grupo, no qual, ainda não se acustumou com essa mudanças rápidas de romance, que não se acustumou em dizer coisas em vão, que ainda não se acustumou, por mais que eu tente, a me esconder, fugir do mundo e me tornar frágil, vítima, fraco.
E eu me esforço tanto para não mentir, mas eu já falei coisas demais para não machucar os outros. Eu matei os meus principios para salvar um pouco desses cacos, mas eu me perco, sozinho.

O sol vem me cegando, e no escuro eu tenho medo.
Eu me torno dependente e cada dia mais eu te faço como meu escoderijo. Eu finjo não ver os limites e cada dia mais eu tento me transformar em você; E te trazer pra mais perto de mim. E por mais que eu diga, eu sei que essa palavra já perdeu o sentido. E eu não conheço nada que possa demonstrar isso. As pessoas destruiram as coisas com pouco esforço, e é tão usual e eu acho que não é assim mesmo que você se sente. Mas eu te amo.
E deliberadamente. É sem regras, é sem limites. E isso não soa verdadeiro, soa passageiro. Mas não é. Eu te juro que não é algo que eu assumiria se não me controlasse.

...
Não vamos falar;
Acho que já ouvimos demais.
E se isso já não faz diferença. Se isso já não te traz nenhum sentido e se eu mesmo ouço essas palavras e são tão falsas. Então, eu não vejo sentido mais em falar.
Eu não vejo motivos mais para cantar.
Eu não vejo mais motivos.
Porque nada parece verdadeiro.
Porque eu não quero falar da minha solidão.
E nem do meu medo.