terça-feira, 24 de março de 2009

Untitled. (I´ll love you 'till the end).

Perdoa-me por ter te afastado pela eternidade de um dia. Ter sido a razão do seu sofrimento, por um longo e doloroso dia. Perdoa-me por ter te deixado sozinho e não ter sido o seu grande amigo. Por não ter sido aquele que você correria. Por você não poder contar comigo. Porque ter te desapontado e ter te confundido. Desculpe-me pela traição, pelos meus erros. Perdoa-me por ter quebrado nosso encanto. Perdoa-me, acima de tudo, por eu ter cogitado a idéia de viver sem ti. Por ter que tentado me iludir em não respirar seu nome. Perdoa-me por ter dito que você era humano. Perdoa-me. Por favor. Fique aqui, esta noite. Comigo.

'Você olhou nos meus olhos e viu através de mim. Mas você continuou andando, como se eu não estivesse ali. Como se não houvesse marcas em nós dois, da nossa existência'.

Eu tenho total idéia do meu erro e você me faz sentir as consequências. A sua falta é quase insuportável se não fosse pelo que você não pode arracar de mim, minhas doces e permanentes memórias. Não acredito que você está fazendo isso comigo, olhando nos meus olhos, se tornando de forma bizarra, humano. Eu ajoelhei, implorei pra que não me fizesse voltar a sentir tão vazio. Tão mal comigo mesmo. Pra que se você quisesse entrar no meu coração, nunca pedisse pra sair. Você nunca sairia. Não fizesse me sentir tão despedaçado.
Eu só queria estar ao seu lado. Sendo real ou não, eu tinha minha própria dimensão. Onde todo mês era novembro. E lá, eramos os grandes atores da peça. Eramos os protagonistas. Não se tratava de amizade, não se tratava de namoros, eramos nós. Somente nós. A nossa relação, do nosso próprio jeito. Que só nós sabemos. No nosso lugar secreto.

Eu queria que você me ouvisse, de algum jeito eu preciso de você agora. É tudo o que eu preciso pra mim.
Você sabe que quando estou ao seu lado, eu não preciso de mais nenhum amante. Eu não preciso de mais nenhuma compania. Você preenxe os 99% do vazio que sou eu. E eu pediria um abraço, agora. Se você ainda falasse comigo. Se você ainda pudesse me ver, mas acho que já apagou todos os resquícios de memórias. Mesmo assim, eu permaneço inteiramente seu. Por todo novembro, pra sempre, então.

Mas quando você se virou, eu encolhi exageradamente. Se quando você estava ao meu lado, eu via dez razões só por existir. Agora, eu exergo menos dez motivos pra continuar a respirar. Menos dez motivos pra acordar e ir á escola. Menos motivos ainda para sobreviver a tarde. E sem esperança no fim da noite, já que nada substituí sua falta.
E eu perdi então, todos os novos filmes. E mais alguns dos clássicos e dos secretos que você guardou pra contar pra alguém. Que eu poderia ser, mas eu te obriguei a seguir em frente.
E o único CD não vendido e mais desejado por mim, nunca será enviado. Porque nem gravado fora...Sua voz seria a trilha sonora do meu drama, do meu quarto escuro, do meu choro.
Ou talvez, fosse a única luz que brilharia em mim. E me traria um sorriso torto.

Cante pra mim uma última canção
Alguma que me lembrara de quem nós custumavamos ser, talvez eu queria algo só me despedir. Mas eu estou certo que você nem espera receber um sorriso. Porque é impossivel sorrir de novo, se eu não tiver mais vida. Se eu não tiver mais ar do que o necessário para continuar meu corpo orgânico vivo, enquanto meu coração não bate, minhas palavras não te alcanção e meus olhos não te veêm mais.

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