sábado, 28 de fevereiro de 2009

Os 99% dele, que pensei ser eu.

O pior dos sentimentos, a pior das dores, o pior do amor...O que mais doí, o que se sente nas pequenas partes do seu corpo, aquelas que você nem sabia que tinha. O que mais cria a perfeição, o cego, sem defeitos, sem malicia. O inalcançado. O plâtonico. O não-correspondido.
Aquele que é jogado sozinho. Que numa soma de dois, sempre dá um. Aquele que se apaixona sozinho, que se desenvolve-se com o acaso...Que se quebra com a sorte e com a dor. Aquele que não se cura, aquele que não se dissolve, aquele que só se esvaia quando o único jogador, sozinho, torna-se forte o bastante para matá-lo. Torna-se suficiente para se matar. Para matar os novos 99% dele. A grande parte, a maior parte, a única parte que se tornou indispensável. E quando isso ocorre, ele está livre. E vazio.

Nenhum comentário: