segunda-feira, 16 de abril de 2012

Cigarros

Pra te manter acesso
Me matei um pouco
Pra não deixar o breu, o vazio
Engoli

Restou o cheiro e a dor de garganta
Quieto, tudo é tão quieto.
Acendi outra brasa mesmo sabendo onde sempre acabam as cinzas
Pois é, a gente ama assim sabendo e sem saber o porque

Enche o peito,
Mas é só de fumaça


E só os labios tocam a ponta que não queima
Não fere e mata igual
A gente vive assim e não sabe que morre, mas não quer morrer

Bem, eu quis ser livre
As marcas são apenas mistura de sapato e calçada
E a gente sabe mas se engana porque é mais comodo
Morrer e não ser.

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