sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Traz em mim.

É patetico como eu me permito ser, me deixo navegar em sentimentos tão platônicos e tão impossíveis que me convencem de uma falsa felicidade que é tão passageira quanto o meu semblante na sua memória. Mesmo assim, me finjo de culpado, e visto a roupa, a mascára e me torno o palhaço desse grande espetacúlo que eu mesmo construí. Mas não posso sustentar uma mentira que meus olhos me entregam fácilmente. E eu assumo que não considero a idéia de seguir em frente porque todo o meu oxegênio e a força que meus pulmões fazem para sugá-lo está contida em algo que eu há pouco não tinha e hoje já sou dependente.
Mesmo assim, agora paro e me observo. Como sou patético e infantil. Não sou homem o bastante para lhe dizer essas palavras, então transformo em poemas e canções as mesmas cartas bobas que escrevo para dizer que tudo está bem, mas você deveria saber que isso só é verdade quando eu posso sentí-lo. Quando eu posso ouví-lo, quando eu já não posso mais me controlar, quando já não preciso mais respirar, quando já não preciso mais do que achei essencial.
Mas o final será sempre o mesmo, um poeta que não sabe amar, escrevendo cartas que jamais serão lidas, fazendo sonetos e declarando-as para si mesmo, o único capaz de compreender.
Então, uma folha em branco, mil estúpidas letras, alguns sentimentos e uma caneta trazem em mim a minha voz e os meus anseios que eu tanto escondo. Que eu tanto omito. Que eu tanto escrevo.

2 comentários:

Anônimo disse...

o mal do romantismo é isso: idealizar demais.
que poeta foi direto?

sem subjetividade não haveria poesia ora bolas! E tantos os poetas, que por ora com umas mulheres, declamaram poemas a outras, de olho na proxima?

Não fantasie, realize. Por mais que doa, por mais que perca o ar, o chão, o céu, o sentido....A vida precisa de verdades e não só de mentiras.

Anônimo disse...

pessoas felizes em momentos felizes quando tentam escrever algo belo dificilmente nunca conseguem, porque a felicidade nos permite sentimentos frios e que nunca podem ser explicados por nada nem a ninguém, e sim demonstrados por sorrisos, nada mais.
Já os sentimentos tristes devem ser mostrados ao mundo para receb er um abraço de agradecimento pela sabedoria que lhes foi incluida, uma vez que:
pessoas burras nunca aprendem;
pessoas inteligentes aprendem com os erros;
pessoas sábias aprendem com os erros dos outros.

te amo