sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Fumaça

Engolimos a espera - ou esperança - de praticar o que descobrimos e sustentamos como exemplar. O fim de ano soa como roubo, não permitimos - mas no final, pouco importa o que achamos que controlamos - não permitimos que crie-se distância do que fomos até então. A fumaça do teu cigarro não esconde teu choro, nem teu desespero. Larga a bituca, larga a mão, o corpo todo. Deixa tudo o que te prende. Livre. Seja então. Sinta o vento como o sal. A água não afogou Virginia, abraçou-a. E sorrindo ela deixou o corpo. E a roupa.

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