sábado, 22 de maio de 2010

Mas no fim...

Em meio há tantos e tantos goles de saudades, eu deixei de ver. Tirei todo aquele orgulho do peito e deixei de enxergar tudo como deixei-me acomodar a sentir. Não eram um grupo de ex-amigos que estavam no bar, cinco ou sete pessoas que conversavam sobre assuntos que um dia foram minha vida inteira. Mas não. Eram ali meus novos amigos, sempre os mesmos, mais velhos. Somos velhos agora. E olhamos pro resto de pessoas que ainda frequentam escolas e tem horas de voltar pra casa, e rimos. Porque eles nunca vão saber o quanto aquilo fará falta um dia. Porque me contaram que fariam, tentaram me dizer o segredo do mundo, como a vida lhe corta as pernas e te rouba tudo. E mesmo assim, não vi. Não quis entender.

Ah, como aproveitamos cada dia que tivemos. E nunca mais vamos ser tão puros como fomos. E não tem como esquecer. Não tem como não chorar, toda vez que bebo e logo percebo. Logo vejo, logo finalmente entendo. Somos os mesmos, a velha guarda. É tudo o que eu quero.

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