Nós tivemos ótimos anos juntos. Hoje quando falo parece que foi coisa de momento e por ter sido na infância, será sempre assim que os outros ouvidos vão materializar ao me ouvir. Será como "uma vez conheci uma garota..." e não levarão em conta as horas que o telefone permaneceu mudo, mas com nossa respiração. Não levarão em conta o telefone ter por horas permanecido inacessível para qualquer outra pessoa. E muito menos, não levarão a importância que você teve pra construir o que hoje, eu me admiro em ser. Seja como tem sido ou nos reaproximemos de novo, agora, tanto faz. E demorei muito, até hoje de manhã, pra verdadeiramente responder isso. Não nos encaixariamos porque você soube bem se despedir. Deixou pra trás o dobro do que tinhamos. E aquela que esqueceste também pra trás, era (ainda naquela época) a mais adorável entre nós. E nem que eu rompesse minhas limitações poderia desejar algo como o que ela é feita junto a carne e osso. E deixei me marcar, seja em que posição fosse, porque não importava tanto o lugar, dessa vez. Porque no primeiro toque que tocou meu corpo por inteiro, no primeiro olhar que me viu por inteiro, no primeiro sorriso que me teve por inteiro, os cinco dedos agora gravados não marcariam só o local da marca, mas assim como a enchente que afogava Laura, invadiria os poros e invés de um cigarro, eu a escolhi como amor.
É, doí. Exatamente como parece.
Você se tornou a outra agora.
Você se desfez, de amor
à rotineiras idas à bares, sem olhares, sem falas, sem abraços e sem 'nós'
sexta-feira, 22 de julho de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
Everything is beautiful and nothing hurts...
when i´m with you.
"já que tem sido raro usarmos aquela sacada, ou sentarmos um pouco pra olhar nos olhos, ou mesmo dizer o óbvio, vim aqui entregar-te mais uma vez em poema meu peito, minha voz e mais que minha alma, minha essência, meu amor, vim deixar contigo além da admiração supracitada tantas vezes, além do amor que (me) constroi, venho até aqui. Por vir. Por questão de dizer. Por questão de dizer de novo, mas não repetir, eu te amo".
E se tivermos rompido a última barreira de todas? Eu sou seu, por inteiro.
"já que tem sido raro usarmos aquela sacada, ou sentarmos um pouco pra olhar nos olhos, ou mesmo dizer o óbvio, vim aqui entregar-te mais uma vez em poema meu peito, minha voz e mais que minha alma, minha essência, meu amor, vim deixar contigo além da admiração supracitada tantas vezes, além do amor que (me) constroi, venho até aqui. Por vir. Por questão de dizer. Por questão de dizer de novo, mas não repetir, eu te amo".
E se tivermos rompido a última barreira de todas? Eu sou seu, por inteiro.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Sabe-se.
Se não restar certeza, não nos resta muito mais... No caminho do desfecho, vamos tumutuando os silêncios acumulados em elevadores. Saberia dizer, caso soubesse sentir. As vezes, é bom só não sentir. Não respirar, pra não precisar espirrar então. Expurgar o personagem que cria um coração. Em cada batida, desfaz-se em cor. Decor. Sabe-se. Conhece-se. Inventa-se.
Lá de canto, vem o pensamento. Invade o quarto, doi na cabeça. Doi nos ouvidos, a verdade. Se não restar esperança, não nos restará nada. Mesmo que os que dizem que isso atrairá eterna miséria. Os sonhos são apenas parte da neblina. Pois são também parte dos tijolos e dos desenhos. Entre então. Na página e dobre-se, caiba então. No seu próprio corpo, o que restar. Esteja certo, que caberás em mim. Se sobrar, saiba que meu excesso pertence a ti.
Lá de canto, vem o pensamento. Invade o quarto, doi na cabeça. Doi nos ouvidos, a verdade. Se não restar esperança, não nos restará nada. Mesmo que os que dizem que isso atrairá eterna miséria. Os sonhos são apenas parte da neblina. Pois são também parte dos tijolos e dos desenhos. Entre então. Na página e dobre-se, caiba então. No seu próprio corpo, o que restar. Esteja certo, que caberás em mim. Se sobrar, saiba que meu excesso pertence a ti.
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Marginal.
E nunca consigo alcançar o centro, a roda de pessoas se aumenta sempre, todos atados, sem tocar as mãos. Quem fica de fora, não consegue se conter. Sente-se obrigado a participar, também quer olhar. Mas o centro permanece vazio, estamos preservando um buraco. (O buraco, será?) Olhamos para o nosso lado, a frente, e não importa onde estejamos podemos ver todo o circulo, porque nessa posição estamos todos expostos. É pessoal e também não é.
Eu sei lá, não sei de fato o que isso significa. Pra mim? A palavra se transforma e eu a continuo usando porque me remete a algúem. Eu sei, vão dizer, vão me levar a mal. Eu realmente não sei, e assumo, que não uso essa palavra como todos os outros. Ela quis dizer algo, diferente do que minha boca sabe dizer, porque lembro de você. Sempre que digo, o gosto vem e escapa uma parte de você, que tive em mim e hoje sim. Ah, sim... hoje não tenho mais. Nem medo, nem controle, de dizer.
Eu sei lá, não sei de fato o que isso significa. Pra mim? A palavra se transforma e eu a continuo usando porque me remete a algúem. Eu sei, vão dizer, vão me levar a mal. Eu realmente não sei, e assumo, que não uso essa palavra como todos os outros. Ela quis dizer algo, diferente do que minha boca sabe dizer, porque lembro de você. Sempre que digo, o gosto vem e escapa uma parte de você, que tive em mim e hoje sim. Ah, sim... hoje não tenho mais. Nem medo, nem controle, de dizer.
domingo, 17 de abril de 2011
Envelhecer.
Envelhecer, Fumaça e alguns riscos de tatuagem borrada.
O abstrato precisa ser deixado de lado, as mãos também cedem a vez, a voz que se faz necessaria. Pede pra ser ouvida, ou pelo menos arrancada da garganta. Então, no começo só fiquei. E foi criando vida durante a noite, enquanto eu não dormia. Quando dormi, parece que tornou-se externo. Sai de casa, fugindo ou tentando me encontrar com o motivo. E no fim, é sobre o que a gente já tinha conversado. É de: cansaço, invisibilidade, egoismo, amizades desequilibradas e solidão.
Talvez, seja necessário matar para renascer. É preciso que deixe-os para manter-se. Ainda muito abstrato? Adeus.
O abstrato precisa ser deixado de lado, as mãos também cedem a vez, a voz que se faz necessaria. Pede pra ser ouvida, ou pelo menos arrancada da garganta. Então, no começo só fiquei. E foi criando vida durante a noite, enquanto eu não dormia. Quando dormi, parece que tornou-se externo. Sai de casa, fugindo ou tentando me encontrar com o motivo. E no fim, é sobre o que a gente já tinha conversado. É de: cansaço, invisibilidade, egoismo, amizades desequilibradas e solidão.
Talvez, seja necessário matar para renascer. É preciso que deixe-os para manter-se. Ainda muito abstrato? Adeus.
sábado, 16 de abril de 2011
O monge.
Entrei, dessa vez sozinho. A partir do segundo que ela virou as costas e seguiu, por uma noite, para longe. Eu senti que não importa muito onde e com quem mais estejamos, estarmos em lugares diferentes não funciona. Mesmo assim, precisava deixá-la ir e ela precisava me deixar ficar. Em acordo, seguimos nossas necessidades pessoais. Entrei, e forcei um pouco para chegar até o outro lado da quadra. Estava feliz de estar lá, na quadra, dentro da minha faculdade - minha, nossa - conversei com um casal. Um casal que eu gosto, e já via de longe há um tempo. E fiquei muito contente de conhecê-los, de fato. Os dois - tanto o menino dos cabelos mais bonitos de toda a faculdade, quanto a simpatissíssima namorada - me acolheram em meio aquela primeira visita que eu fazia. Aceitei alguns drinks e alguns tragos. Assim, pude unir o pensamento das voltas que minha cabeça obedecia. Fui atrás de um grande amigo. Ele, sem camisa, me olhou nos olhos. Aproximou-se e meu corpo inteiro sentiu a força imensa que aquela essência expunha. Então, estremeci. Ele se aproximou ainda mais, eu confessei: "Eu casaria com você", ele respondeu que também. Precisou tocar seus lábios macios nos meus, para que eu entendesse, de uma vez por todas, que eu não mais enxergar a quadra era porque não estavamos mais lá. Não estavamos em lugar algum. Nem o relógio podia nos contar, estavamos ali, olho no olho. E que olhos... os olhos profundos e sinceros que me sugavam de uma forma que eu estava feliz em fazer parte. Ele então decidiu que deveriamos conversar mais, longe. Me chamou e caminhou na frente. - Isso foi um pouco depois das maças e a fogueira ter sido acessa - sentamos. Meu coração pulsava, estava em paz. Uma paz que preenxia e ia crescendo, as palavras do jovem sábio. E repetia em cada fim de frase, 'entende?' A preocupação que eu compreendesse, o quanto era importante.
Então, assim eu me desfiz. Seu rosto aproximou-se sem que eu pudesse tirar os olhos do seu sorriso. Ele continua falando, agora de olho fechado e uma intensidade que me arrepiava. Ele quase tocava os lábios no meu rosto, ele disse: "Você acha que me impede. Você ser... você acha?". Então, encostou o seu rosto no meu, minha mão subiu a sua face, acariciando a barba e nos conectavamos e nos uniamos tornando apenas um. Aquele minuto onde eu não sabia onde seria a divisão, onde seria o meu fim e o começo dele, naquele instante em que ele era tudo o que eu queria. E eramos aquilo, e nada diferente daquela cena. Naquele recorte, eu entendi.
O mundo é nosso.
Então, assim eu me desfiz. Seu rosto aproximou-se sem que eu pudesse tirar os olhos do seu sorriso. Ele continua falando, agora de olho fechado e uma intensidade que me arrepiava. Ele quase tocava os lábios no meu rosto, ele disse: "Você acha que me impede. Você ser... você acha?". Então, encostou o seu rosto no meu, minha mão subiu a sua face, acariciando a barba e nos conectavamos e nos uniamos tornando apenas um. Aquele minuto onde eu não sabia onde seria a divisão, onde seria o meu fim e o começo dele, naquele instante em que ele era tudo o que eu queria. E eramos aquilo, e nada diferente daquela cena. Naquele recorte, eu entendi.
O mundo é nosso.
terça-feira, 8 de março de 2011
Eye.
Provavelmente seis da manhã, assim nascia o sol. E ele me puxou pela mão até a varanda. Engoli outra lágrima e olhei pra ele. O cansaço sustentava nossos pés na varanda. Com muitas pausas ele disse: "Eu entendi". E mesmo sabendo que ele deduzira já antes, e me trouxe com as idéias prontas. Ele as montou e assim como o sol, esclarecia-as. Enxergando-as. Era uma lucidez que decendia de amor e compreensão. Ele olhou de novo pra frente, não viu os prédios que ali se construiram, mas o outro universo de que ele faz parte. Outro menino ali, um dos meus favoritos. Ele perguntou "Você já vai dormir?", quase como eu queria ouvir. Eu balancei a cabeça, e me apaguei com o volume exagerado.
Petrificado. Inefável. Insipido. E todas as demais denominações que se pudessem ser ditas, foram. Todos dormiam e o abandono deixado por mim mesmo significava mais do que individualidade. Sei lá. Não sei direito como respirar. O vento sempre leva e traz de volta apenas o cheiro. Pra me torturar? Pra me lembrar do profundo.
Petrificado. Inefável. Insipido. E todas as demais denominações que se pudessem ser ditas, foram. Todos dormiam e o abandono deixado por mim mesmo significava mais do que individualidade. Sei lá. Não sei direito como respirar. O vento sempre leva e traz de volta apenas o cheiro. Pra me torturar? Pra me lembrar do profundo.
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