terça-feira, 24 de março de 2009

Sobre esses romances perdidos...

Eu me tornei um grande fã de romances partidos. Talvez, porque eu viva em um. Ou eu já tenha passado por alguns... E no fundo, eu só enxergo tristeza. Eu visto meu óculos, e tudo o que eu vejo é tristeza. O jeito que as coisas tendem a ter um fim, sem elas merecerem...O amor morre diversas vezes, quando as coisas podiam melhorar...Mas o medo da dor nos acorvada. E eu não diria que eu iria muito longe sem você. Eu não iria á lugar nenhum. O meu mundo gira em torno do seu sorriso, e ontem ele nem girou. Ele se quer se moveu. Se quer ele existou, ontem. Porque você me despedaçou. E eu dormi em pedaços... Mas não que a dor tenha sido maior do que tudo. Não que a dor tenha me custado algo. Ou que a dor tenha me matado. A dor foi a consequencia. A dor foi apenas o que me sobrou. Já que você estava em outra dimensão. E cada parte do meu corpo, se cortou sozinha. Por si só, elas fizeram feridas. O meu quarto não cansavasse de rodar e eu quase não consigui respirar. Uma noite sem sonho.

Na manhã, eu descobri que aquele séria um dia vazio. Um dia vazio de mais lágrimas. O que não me surpreendeu, porém foi um tanto bizarro. Não ter de forçar uma única lágrimas, todas se expulsarem do meu corpo. Acho que nada mais queria permanecer dentro de mim. Nada preso a mim. Eu estava sujo com essa traição.
E o nosso amor perdido estava criando razões para não existir. Eu estava te mostrando o porque somos incompátiveis. O porque você fez certo ao me dizer que não teriamos futuro.

Mas eu não quero te deixar, e você sabe como eu vivi nisso. Por favor, você sabe o quanto eu te quero, ao meu lado. E quando eu te pedi a eternidade, você me ofereceu toda a sua vida. E eu aceitei. Era o bastante. Quando eu pedi o seu amor, você me deu sua amizade e eu aceitei. Era o bastante. Era o suficiente te ter, ao menos, uma parte de você.
Eu só sei que eu sou o mesmo e que você devia me ver assim. Com os seus olhos certos, do nosso jeito. No nosso novembro.
Muitos dizem que essa galáxia nunca existiu. Que nunca houve um novembro. Que nunca houve um 'a gente'. Bem, pra mim isso é real. E isso é o bastante.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Eles dizem.

Meus amigos dizem que eu estou morto. E talvez eu esteja mesmo. Desde que eu perdi o meu primeiro amor. Desde que eu vi que estava sobre meus próprios pés, sozinho. E caminhei então, pensativo, arrastado. O vento me levava pra onde ele queria. Talvez, eu já estivesse rastejando quando me encontraram...Ou não havia mais forças pra me mexer. Eu senti as treze facadas bem no meu estômago. De joelhos, eu lembro de rezar algo...Eu não me lembro de querer tanto sair de um lugar, não como eu precisava sair. Não como eu.
Ouvi alguém comentando que eu parecia estar juntados os pedaços que você quebrou, mas não sei se foi algo que eu mesmo disse á mim. Agora que a minha voz é inreconhecivel e eu não tenho a mínima idéia quando foi que tudo isso mudou, porque honestamente eu já tinha me acustumado com os meus novos olhos...O mundo já me aparentava assim...

E eu não sei se é errado dizer que é errado gostar tanto de ti. E desejar-te pra mim.
Eu não sei quanto eu mereço apanhar por dizer que eu abri mão de tantas coisas pra voltar a sentir isso. Eu me desprotegi por acreditar que não cairia de novo, mas aparentemente eu nunca deixei de cair. Eu nunca estive em pé... De joelhos...

Eu não sinto direito o gosto. Eu não sinto direito as cores. Nem o ar.
Nem mais a dor parece fazer diferença...Mas eu sei que ela está presente, em cada parte do meu corpo...Pelo menos, é melhor do que o vazio. É melhor do que a indiferença...

Bobo...Egoísta e talvez até patético,
mas eu só esperava não ter de abrir mão do que me traz os gostos,
eu só esperava não ter de esquecer do que me mantêm vivo,
eu só não esperava por um Adeus.

quarta-feira, 11 de março de 2009

T.

Talvez você esteja certo, não exista amizade. Nem amor.
Que chegaremos, um dia, num nivel tão elevado que não diferenciamos mais as pessoas. Não apreciaremos mais as qualidades, numa vez que todos seremos absolutamente perfeitos. Sem defeitos, todos seremos iguais e não haverá mais algo amais em ninguém.
Seus olhos olhararam todos os outros, como vê a mim. Indiferente. E talvez, doa menos não ser especial. Talvez, doa um pouco menos vê-los todos iguais a mim. Diminuirá ainda mais quando eu conseguir me destruir. Destruir a ilusão. Destruir minha paixão infinita. E quando você for tão pequeno quanto esses outros meninos que não conseguem atrair meus olhos, que não conseguem me fazer sorrir, que não me modificam, não me alteram, não me acrescentam nada. Não me completam, não me fazem querer ser alguém melhor. Eu poderia dormir.
Eu poderia dormir por todas as noites. E nenhum sonho poderá se aproximar. E eu vou poder me alimentar direito, sem enjoar-me. Sem essas borboletas incansáveis que mergulham dentro de mim. Sem esses corações bobos desenhados com rabiscos no meu peito. Eu sei que tudo ficará bem. Mesmo que eu nunca tenha desejado ter o bem. Eu nunca te pedi pra me fazer feliz, nem pra me trazer paz...Eu só pedi que ficasse. Que deixasse eu me aproximar, por mais que soe como facadas em mim. Como se eu estivesse me afogando no meu próprio sangue, não é como se eu pedisse sua mão. Nem como se eu pedisse pra ser salvo. Eu só quero me sentir vivo. Mesmo que machuque meus ossos e só de respirar eu encolha...Eu só queria estar ao seu lado. Calado.

É talvez, o amor não exista. E tudo isso seja apenas necessidade.
Talvez, amizade também não exista. E tudo isso seja apenas necessidade.
Talvez você só diga coisas assim pra me irritar. Porque você sabe que eu sinto.
É real o bastante pra mim. Eu posso sentir. Eu sei bem o gosto dessa dor.

terça-feira, 10 de março de 2009

Untitled.

Se na suas costas estão todos os meus suspiros, eu ficarei bem. Porque agora que você se virou, eu enxergo a perfeição absoluta. Melhor do que olhar-te nos olhos, e saber a verdade. A única verdade que eu não gosto em você. A única coisa que eu não gosto na 'gente'. A inexistência.
Eu queria saber o por quê dele, mas acho que eu sei...Eu entendo o mótivo que seu sorriso se abre e o jeito que ele te faz sentir. Eu entendo como vocês dois foram feitos para estarem juntos, agora.
E eu não sei mais o que fazer, acho que o fim está perdido. E eu só continuo caindo...Não que isso seja sempre ruim, só quando eu percebo que isso é um buraco.
E eu sei que eu sou o romantico incansável. Que eu escrevo versos e mais versos. Mas eu não posso mais me segurar, eu estou me derretendo pela sua beleza. E todas minhas palavras se repetem pela a rotina desanimadora de amar sozinho. Sem mais novidadades. Ou notícias. As coisas seguem sempre assim.

Eu me sinto perdido. Pelo menos, sei que você não está me procurando. Então, não faz diferença nenhuma. Eu não estou dizendo que você tem culpa nisso. Porque eu que tenho as palavras e eu que as uso pra descrever meus pecados.
Só gostaria...Eu desejo com todo o meu coração que eu tenha te deixado marcas boas, lembraças ou pelo menos que eu não me desfaça no nosso universo pessoal. Em uma das dimensões que você cria por respirar. Nesses mundos subjetivos que eu sei que existem, eu rezo pra que existam...Em algum lugar, em algum mundo, eu serei tão seu quanto você será meu.
Eu espero que apesar de agora, nessa volta do mundo, nessa dimensão, os nossos papeis não estão bem destribuidos...Amigos...
Eu espero que apesar de nessa novela, nesse episódio, nessa fase...Nessa temporada estarmos presos em uma relação desequilibrada de sentimentos...
Há algum lugar, no espaço, no vacuo, no vazio, nas dimensões, nas nuvens, algum lugar onde só nós conhecemos...Algum lugar só nosso, existe um eu. E um você. Que se completam. Que se amam. Que se somam. Que nos une. Que nos salva. Que nos registra nesse conto.

domingo, 8 de março de 2009

Bons sonhos.

Só me lembro que estavamos com tédio. A única lembraça nítida e real foi o caminho até o quarto. A pequena e curta distância entre a sala, o corredor e a primeira porta. Uma cama de casal, só pra nós. Mas era o tédio que predominava, que chovia em nós. Era apenas essa sensação de vazio que se alojava por dentro. E eu tinha me decidido guardar as esperanças, naquele dia. Eu não esperava por essa. Eu não vi que estava tão perto, você poderia ter me alertado. Mas já não sei se isso ainda faz parte da minha lucidez. Me lembro da luz se ofuscando e dos jeito que seu corpo dançou ao tocar a cama. Vestido. O jeito que você fechou os olhos. E eu não posso mais assegurar a fidelidade com os acontecimentos reais. Com os fatos. Porque tudo é subjetivo, subjetivo o bastante de todo esse tempo no quarto eu ter estado sozinho. No absoluto sozinho. E eu fiquei preso a você, com o seu corpo ao meu lado. A subjetividade é algo incrível, mas os dois lados ( o bom e o ruim) são muito divididos e muito fortes. O que me faz hesitar.

Deitamos. Ele se mateve ao meu lado, com um toque sútil em meu corpo. Eu mantive minha mão nos seus lindos cabelos negros. E ele permitiu-se fechar os olhos e descansar. Sua respiração me neutralizou. Estático e sem ar, eu estava admiriando-o. Sem piscar. Eu podia guardar esses segundos, minutos, que poderiam durar dias, anos, séculos...Os guardaria no meu coração, pra sempre. Mas você virou. Com os olhos ainda fechados, virou-se. Algo extintivo. Não calculado. Tirei minha mão. Decidi deixá-lo dormir. Mas você virou-se novamente...Dessa vez, abandonou a cama e deitou no meu peito. Eu desmaiei. Com os olhos abertos, com o calor da sua mão, e todos os mil pensamentos, gritos, risos e choros borbulhando no silêncio da minha boca e no escarcel da minha mente. Mesmo ainda não tendo, parecia uma inversão de papeis. Mesmo as coisas estando no mesmo, exato, lugar. Eu sempre me vi e me deixei seguir, pela sensação de pequeno que sinto ao me aproximar do menino que agora estava agarrado á mim. Tão pequeno, frágil e necessitado de abraços. O que mais desejo, é ser abraçado e acolhido. E agora, estavamos numa posição física invertida, mas por dentro tudo estava igual. E como o físico é sempre passageiro, estavamos no mesmo lugar.
Continuei acariciando seus cabelos e o cheiro que substituia meu oxigênio era tranquilizador. Eu me senti no céu. A perfeição apoderou-se de mim. E me permetiu alguns minutos de felicidade absoluta. As vezes, minha mão deslizava do seu cabelo para seu pescoço...As vezes corriam pelo seu braço e por fim, meu dedo tocou seu nariz.. Quase tão fraternal quanto um pai colocando sua filha de quatro anos na cama e cantando uma canção.

Lá estavamos nós. Deitamos. Abraçados. Sonhando...Com suas realidades subjetivas. Enquanto ele procurava o mundo perfeito e talvez até a pessoa perfeita nos sonhos, a minhas estavam bem ao meu lado. Abraçando-me. Tocando meu peito. E me anesteciando da pressão do mundo, do medo do futuro e da solidão.
Naquela noite eu tive bons sonhos. Tão bons quanto os que eu tive com os olhos abertos.
Tão bom quanto os dele. Tão bom quanto os dele com ela.

quarta-feira, 4 de março de 2009

The bright star.



As vezes, o infinito e o eterno dói. Mas em geral, é bem adorável admirar essa beleza sobre humana...O surrealismo...Ah...Eu sei que perco a fala, sei que perco o sono, sei que perco a razão, mas no fim...Eu só ganho, eu só ganho ao seu lado. :)

segunda-feira, 2 de março de 2009

Sobre o jeito que você amassa minhas palavras e arranca meu fôlego.

Estático, como nunca estive. Eu largo meu pensamentos e meu corpo reage tanto quanto minha alma. Eu poderia morrer, eu acho que gostaria de morrer agora. Não que eu vá agir, mas um buruco se abre sobre meus pés quando você me pega desprotegido. E você sempre faz isso, me abraça pelas costas e eu não sabia que estariamos tão perto. Você não me disse que eu deveria segurar meu coração pra que ele não salta-se e prende-se no meu pescoço. Você não me disse que diria as palavras certas no momento errado, por brincandeira. Você não me preparou para ver essa foto, onde seus olhos estão mais infinitos que o universo cheio de estrelas que brilham mandando algum sinal. O seu cabelo parece perfeito, numa perfeição calculada que não pode ter sido planejada, o formato do seu nariz pequeno que faz parte de um encaixe perfeito que me traz lágrimas aos olhos. A suas sombrancelhas finas que parecem lhe entregar um charme que vem de dentro e domina todo o seu exterior. Como se o seu belo corpo já não fosse o suficiente. Mas eu ainda não perdi as palavras, só o ar, o senso, a voz, o coração. Eu ainda tenho as palavras até encontrar os seus lábios que me deixa estático. E demoro quatro horas amais para cada palavra que tento escrever, nesse estúpido texto que não mudará nem um pouco as coisas.
É só que o branco dos seus olhos com o contraste da cor escura que as vezes se instala nos seus olhos, me faz encontrar o caos. O motivo que todo ser humano se perde, a razão. Me faz lutar de frente com a existência de forças superiores, me faz lutar de frente com todo os meus medos da eternidade e do infinito. Porque seus olhos herdaram essa profundidade sem fim, e me fazem desejar a eternidade. Pra que eu posso admirar o suficiente seu rosto.
E o seu cheiro, que me faz respirar com os pulmões cheios. Eu caio tantas vezes pela sua perfeição indiscutível. Não adianta descrever o seu cheiro particular, que as vezes eu encontro ao acaso. Como o se o vento me soprasse o seu nome, o seu rosto, o seu cheiro pra que eu não me esqueça que eu já sou seu. Todo seu. E pra que esse texto termine logo, eu só preciso olhar o seu sorriso. Os seus lábios perfeitos e delicados que eu jamais toquei. E que libera toda as palavras que eu gosto de ouvir, que faz bico quando fica chateado ou que se abre para uma gargalhada que me faz querer se esconder para poder pular, gritar, rir, chorar por ter você ao meu lado. Eu me sinto tão bem ao seu lado e eu sei que não é saudavel, porque eu uso a sua perfeição como se algum dia eu pudesse me ter um pouco desse teu brilho. E não há mais o que dizer, quando olho pro seus lábios, pros seus dentes, pro seus olhos...
Você sabe o que eu sinto. Você sabe o que eu escrevo. Você só não sabe o quanto isso é real. Que eu não exagero quando te vejo lindo. Que não minto quanto te acho encantadoramente surreal. E eu só posso me calar, porque você não acreditaria...Mas você é o mais brilhoso de todos.