quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Riot!

Faz tão pouco tempo que cheguei
E já conheço todas aquelas pessoas que te trouxeram essas marcas
E eu não sei onde é o meu lugar
Perto desses corações partidos

Eu me perco na vontade de ter a chance
De arrumar todos esse passado
Mas é assim que se corre o perigo
Quando as palavras são tão vazia, como a noite

Eu soaria como os anjos
Pra lhe agradecer por estar aqui hoje a noite
Eu preciso tanto te contar minha vida
Eu quero que você me escute agora

Chegue mais perto
Eu mal posso te ouvir respirar
Me ensine as regras desse jogo
Eu estou perdido e seu brilho não ilumina porra nenhuma

Entre todos os olhares tortos
E eu estou preso nesse espelho repleto de passado
Os seus fantasmas respiram e me dizem o qeu fazer
Eu não quero acreditar que você os tornou invisiveis

E eu me sinto diminuindo cada vez mais
E logo o espelho vai explodir em mim
Dentro de todos os cacos que me acertarem
Um deles vai me dizer 'eu tentei te avisar'

E eu sou mais um dos seus fanstamas
Cantando uma opera que não foge dos seus sonhos
E por mais que eu só tenha algumas horas
Eu pretendo me tornar inesquecivel, hoje a noite

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O brilho de um trem desgovernado trazendo-me verdades.

Minhas pernas não se movem. Por que? Eu vejo toda a sua irá vindo pra cima de mim, como um trem veloz se aproximando e soando milhões de promesas falsas. Eu deveria correr daqui, é o caminho seguro. Mas eu estou muito cansado para me preocupar comigo mesmo. Eu estou sem forças para lutar contra todas essas verdades. E enquanto eu não dizer isso alto. Enquanto eu não me despreocupar e abrir todo o meu coração pra ti, eu ainda vou poder me segurar nessa mentira. Eu ainda vou poder acreditar que minhas pernas vão acordar. Que minha boca vai pedir ajuda ou que você vai se jogar na minha frente e impedir que isso tenha um fim. Impedir que os trilhos se manchem com o meu sangue. E que esse trem machuque a parte de mim que ainda se mantem forte, a parte de mim que ainda só tem arranhões. A parte externa de mim. A única que eu te mostro.

Você sabe como eu me sinti. E agora, julgue-me. Mas não se abale com o meus pensamentos. É só uma parte de mim, aquela que não merece estar aqui. Aquela fraca que tenta me seduzir e me guiar para um esconderijo. Onde eu não sinta frio. Onde eu não sinta vivo.
E em palavras, essa parte se mostra melhor, o drama total dentro de mim. Saí facilmente modificando todas as histórias e todos os meus sentimentos. Poetiziando, musicalizando e ridicularizando todo o meu amor. Fazendo-o não soar tão digno. Fazendo-o soar sujo.

Mas eu não quero soar isso mais alto do que você já fez. Eu não vou dizer o que me faz. Ainda há um jeito de te impressionar. Ainda há um jeito de soar mais belo, de me fazer mais brilhoso, de fazer você gostar de mim. De fazer você me ver além do que sou. De transformar os seus olhos em portais, onde eu me torno um super-herói. Onde eu sou imortal. Onde eu sou o que jamais serei. Ou qualquer outra pessoa será. Onde eu serei seu.

E as coisas seguem. E mesmo as coisas tristes que não vão ser modificadas nunca, sempre seguem. E eu não quero isso mude ou acabe. Eu tenho tanto medo, eu tenho tanto medo de estar sozinho. E não adianta estar cercado de gente, quando eu sei que estou incompleto. E essa dor é eterna. Mas dentro dessa dor insuportável. Está a minha total felicidade. E eu não me importo mais com essa tristeza porque eu tenho um pedaço da estrela que mais brilha a noite. Durante os meus sonhos, brilha. E esse brilho é só meu, por alguns instantes. É só meu.
E enquanto eu puder ter os dois. O brilho intenso nos meus sonhos e viver uma realidade ao lado da pessoa que me faz sentir-me vivo. Eu mantenho esses dois mundos ligados. Eu mantenho meus olhos ligados nas minhas verdades. E eu me esqueço dos medos, eu esqueço de como é triste. E de como eu não sou especial.

Eu fico feliz de que você tenha me enganado. Eu pensei que talvez você fosse se excluir por ser tão mais brilhante que qualquer outra estrela. Pensei que você não conseguiria se saciar com nenhuma palavra. Com nenhum brilho. Com nenhum toque. Mas é bom saber que do mesmo jeito que você, não se esforça, encanta e constroi meu mundo seguro. Alguém é capaz de retribuir tudo que não sou capaz.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Nosso templo.

Como as coisas andam e se estabilizam, durante, dois longos dias. Eu sintia que eu te conhecia tão bem e agora eu esqueço seu nome. Isso é tudo especial mesmo? Minha cabeça está presa nessas classificações. Eu sei, todos me dizem isso são apenas nomes. São apenas meios de dizer as coisas, mas eu estou preso a esses rotulos.
Minhas palavras não valem nada pra você. Então, tudo o que eu guardei pra você, não vale porque já te dizeram isso tantas vezes, sem sentir. Eu não vou repetir, três palavras.
Eu já tentei dizer a diferença, eu já tentei explicar o que eu sinto. Mas você prefere acreditar na sua própria experiência. Eu lhe desejo sorte, para que não volte tudo o que eu sinto. Porque se um terço disso fosse parar em sua mente, eu entenderia qualquer ação covarde sua.

E eu quero voltar pra casa.
E eu ainda nem disse o que eu queria tanto te perguntar.
Me diz você, então. Se isso tudo vale a pena?
Me diz você, então. Se existe alguma verdade ou cada um está com a sua?

Ao seu lado, eu encaro as coisas coloridamente. Eu sinto que somos ligados, que fomos feitos para estarmos juntos. E não me importa o que aconteça e que nome nos deem, estamos juntos.
E eu quando você abre a boca, eu sinto que os anjos trouxeram-me o melhor dom do mundo, o som. O poder te ouvir a sua voz. E poder fazer parte de algo da sua vida, me faz renascer.
Eu sinto que é algo especial. E eu sempre soube que ninguém entenderia, é o nosso lugar seguro. É algo que só nos dois entendemos, só nos dois sentimos, só nos dois podemos ver. Um templo.

Mas aparentemente, nem você sabe onde ele fica. Você não se lembra como voltar pra casa e eu não posso amar por nós dois. Eu não posso ir tão longe. Mesmo que eu queria.
E você então, decide criar isso sozinho. E outros vão te ajudar e você está disposto a levar qualquer um para esse lugar. Mas você não percebe que se o seu crescer, o nosso vai sumir.
Aos poucos, eu sinto as paredes caindo. Eu vejo o teto chegando ao chão. E eu não vou abandonar esse lugar. E eu não vou sair por nenhuma porta. Eu vou ficar aqui. E cair junto com o que eu disse que era pra sempre.

Always.

Eu tive que pegar todas as nossas promessas e esconder, longe desses pensamentos doentios que vinham te matando. Eu tive que acreditar, cego, no que você custamava a dizer. E por tão pouco, eu caí. E a noite, quando procurava pelas suas palavras, embaixo do meu travesseiro só havia punhais. Então, eu me cortei. Tantas e Tantas vezes. Eu trouxe essas feridas pra fora, eu queria enxergar essas marcas e me punir por destruir meus sonhos.
Eram só as suas palavras e meus desorganizados textos contra o resto do mundo e minha razão. Eu deveria ir embora, mas você não merece que eu me afaste. Você não merece todos esses pensamentos sujos que eu tive enquanto meu sangue caia por você. Meus olhos fechados, e toda a dor causada só pra esquecer esse medo de não saber mais responder quem eu sou. Eu abri meu mundo pra você e eu ignorei qualquer aviso e qualquer regra que eu mesmo fiz para me proteger. Eu matei meus demonios e assumi quem eu sou. Eu morreria por você e eu falei sério. Eu prometi que isso não passaria e eu disse também que eu não cometeria os mesmos erros passados.
Veja só onde chegamos, veja só como meus olhos estão alterados. Todo o seu brilho se fez neblina, que me deixou imóvel e confuso. Toda os meus medos de te perder e de não ser capaz sumiram junto com qualquer medo ou tentativa de vida. Sumiu junto com o meu ar, com a minha vontade de respirar. Sumiu com as minhas forças.
Agora te escrevo algo que não faz nenhum sentido. Magoar-te seria o mesmo que terminar a minha sentença. Eu quero gritar tanto isso, mas não há porque. Isso não causaria menor diferença e se eu te fizesse sentir-se mal com toda essa situação, eu estaria apenas tentando levar alguém comigo, para meu inferno pessoal.

Eu sou forte. E eu não vou me afastar.
E essas palavras...Oh... Eu vou guardá-las pra mim.
Junto com tantas outras que eu não acho que um dia sairam da minha boca.
Por hoje, eu estou bem.
Pra sempre, eu te amo.

Fugas.

Em frente, é sempre o certo a seguir. Eu escondo meu passado da minha própria memória, eu não deixo fotos ou recordações dos meus passos. Dos meus erros.
E mesmo que ele persiga, porque não importa o quanto você corra, ele é mais rápido, é verdadeiro e mortal.
Mas então, eu saío do presente e vou pensar apenas no futuro. Quando as coisas estiverem melhores, quando as coisas estiverem melhores pra mim.
Eu vou pensar nos resultados que eu vou ter. Eu pensarei em quando ele vai sumir daqui.
Eu vou pensar no poder que eu vou ter de novo. Eu vou pensar em quando estivermos a sós. E eu sei que quando isso voltar a acontecer, eu sei. Tudo estará bem outra vez.
E então, eu volto a viver o presente. Sem medo.
Eu volto a viver o agora. Eu volto a viver. Eu volto a respirar.

Humanos.

Lembro-me de acordar e ver todas as chances em nossas mãos, nós eramos bem mais do que nos tornamos. Eu lembro de usar palavras que eu guardei só pra você. E você as repitiu sem fé alguma. Se você vai destruir tudo, então pelo menos coloque suas mãos sobre meus olhos, eu não quero ver isso. Eu não quero morrer, olhando para o que você se tornou. Se você pretende arrancar todas as memórias boas, se você quer mesmo tirar minha esperança e todo o meu medo, vá em frente. Mas eu te peço, tampe meus olhos, eu não quero olhar pra você agora.
Eu não suporto olhar para o que você é de verdade. Humano.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

AMOR.

Vamos falar de solidão. Vamos falar sobre coisas que você não entende, sobre coisas que eu venho tentando evitar. And you will never get, Mr Big.

Desculpe-me por fazer parte desse grupo, no qual, ainda não se acustumou com essa mudanças rápidas de romance, que não se acustumou em dizer coisas em vão, que ainda não se acustumou, por mais que eu tente, a me esconder, fugir do mundo e me tornar frágil, vítima, fraco.
E eu me esforço tanto para não mentir, mas eu já falei coisas demais para não machucar os outros. Eu matei os meus principios para salvar um pouco desses cacos, mas eu me perco, sozinho.

O sol vem me cegando, e no escuro eu tenho medo.
Eu me torno dependente e cada dia mais eu te faço como meu escoderijo. Eu finjo não ver os limites e cada dia mais eu tento me transformar em você; E te trazer pra mais perto de mim. E por mais que eu diga, eu sei que essa palavra já perdeu o sentido. E eu não conheço nada que possa demonstrar isso. As pessoas destruiram as coisas com pouco esforço, e é tão usual e eu acho que não é assim mesmo que você se sente. Mas eu te amo.
E deliberadamente. É sem regras, é sem limites. E isso não soa verdadeiro, soa passageiro. Mas não é. Eu te juro que não é algo que eu assumiria se não me controlasse.

...
Não vamos falar;
Acho que já ouvimos demais.
E se isso já não faz diferença. Se isso já não te traz nenhum sentido e se eu mesmo ouço essas palavras e são tão falsas. Então, eu não vejo sentido mais em falar.
Eu não vejo motivos mais para cantar.
Eu não vejo mais motivos.
Porque nada parece verdadeiro.
Porque eu não quero falar da minha solidão.
E nem do meu medo.